GERAL

Sem comemorar: Atlético só empata com Atlético-AC para seguir na Copa do Brasil

Um futebol em qualidade bastante inferior, incapaz de segurança defensiva e um ataque com raras chances de machucar o adversário. Este foi o Atlético, o de Minas Gerais mesmo, diante do Atlético do Acre. Empate de 1 a 1 sofrido, com o adversário da Série D jogando melhor.

Resultado que classifica o Galo para a próxima fase da Copa do Brasil. O empate com gols de João Marcus e Erik dava a vantagem aos visitantes, que deixarão o Acre sem nada a comemorar. Afinal, saíram atrás do marcador e levaram bola na trave dos rivais homônimos de Rio Branco. 

Foi por muito pouco que o Galo não assinou um vexame na história centenária. Afinal, com 29 participações na Copa do Brasil, jamais havia caído na primeira fase do torneio de mata-mata. 

ASSUSTADOR
Vestido todo de preto, o Atlético começou a partida sem fazer o domínio do jogo que dele se esperava. Pelo contrário, se retraiu, com os jogadores espaçados entre si, incapazes de criarem jogadas entre eles.

Por outro lado, o Atlético-AC, com um entrosamento melhor que o rival, dava calor no Galo desde o início. Principalmente ocupando a faixa direita da defesa do Atlético Mineiro, com Samuel Xavier e Róger Guedes, o Galo de Rio Branco teve espaço no ataque.

Mesmo visivelmente sob condições técnicas precárias, foi o time da casa que abriu o placar, para surpresa de todos. Aos 7 minutos, um escanteio foi mal aliviado por Guedes, que, de cabeça, mandou a bola para a mesma bandeirinha. Outro cruzamento e, com erro de Elias (saiu da posição) e com Samuel Xavier falhando sob marcação sobrecarregada, o zagueiro João Marcus cabeceou na pequena área de Victor.

Neste momento, o Atlético tinha um cenário mais negativo possível e teve que esperar 36 minutos para aliviar a pressão. Até lá, entretanto, poucas jogadas de perigo, mas era Erik o ponto de luz no ataque. O atacante Ricardo Oliveira chegou a sofrer um pênalti de João Marcus, não assinalado.

Depois, com mais espaço na faixa esquerda de ataque, o Galo produziu um bom contra-ataque. Erik enfiu a bola para Róger Guedes, que disparou, canetou o adversário na área e chutou para Raphael espalmar. No rebote, o próprio Erik teve qualidade para chegar antes da defesa e chutar no cantinho. 1 a 1 do alívio.

POUCA MUDANÇA
Com gol no fim do primeiro tempo, o Atlético tinha tudo para se recolocar no trilho. Mas o Atlético era um grande amontoado de jogadores, que exacerbava a cada segundo incapacidade total e irrestrita de se impor diante de um time que era semi-amador até 2017.

Foi o Atlético Acreano que fez por merecer a classificação. Com Polaco sendo destaque, o time do norte conseguia jogadas trabalhadas, aliando velocidade com coletividade. A zaga do Galo espanava errado, com Gabriel e Leonardo Silva em noite de erros.

O próprio Polaco pegou uma bola cruzada rasteira na área do Galo, dominou com a canhota na ponta direita, trouxe para o meio e armou o gol do 2 a 1. Mas a bola bateu na trave, evidenciando o momento inacreditável pelo qual o Atlético de Minas passava.

Nenhum chute a gol até os 20 minutos do segundo tempo para o time visitante. Até que Samuel Xavier recebeu de Elias nas costas da marcação e cruzou rasteiro. O goleiro do Atlético-AC saiu errado, defendeu de pé e jogou nos pés de Ricardo Oliveira. Mas o pastor se precipitou no lance, chutou de canhota em cima da marcação.

O Atlético Acreano seguia explorando as costas de Samuel Xavier, peça negativa. Mas o Galo passou a atacar mais com a entrada de Luan e Marco Túlio. Ambos, inclusive, criaram a melhor chance mineira. Luan lançou o garoto da base, que cruzou para Elias completar sem goleiro. A bola foi alta demais, o camisa 7 não chegou a tempo e pegou mal, para fora.

Após este lance, o jogo seguiu sem perigos, mas não alheio à noite ruim do Atlético. A defesa continuava tendo de se desdobrar para ocupar espaços que ela mesma criava para o adversário. O Atlético-AC mantinha o fio de esperança num gol da classificação.

Ele não veio, o Atlético do Acre sai da Copa do Brasil de cabeça erguida, e o Galo consegue uma classificação amarga, uma vez que teve uma apresentação digna de preocupações sérias para a torcida. 

FICHA TÉCNICA
Atlético-AC 1×1 Atlético
Atlético-AC: Raphael; Matheus, João Marcus, Diego Pereira e Jeferson; Leandro Jucá (Wilson) e Kassio; Araújo Jordão (Eduardo), Ancelmo (Luiz Henrique); Rafael. Técnico: Álvaro Miguéis.

Atlético: Victor, Samuel Xavier, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Arouca (Adilson) e Elias, Róger Guedes (Luan), Otero e Erik (Marco Túlio); Ricardo Oliveira. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Gols: João Marcos, aos 7’/1ºT, Erik, aos 43’/1ºT
Arbitragem: João Batista de Arruda, auxiliado por Dibert Pedrosa Moisés e Luiz Antônio Muniz de Oliveira. Trio do Rio de Janeiro
Cartões amarelos: Samuel Xavier, Elias e Otero (CAM); Leandro Jucá, Matheus e Jeferson (AAC)

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