Goleiro Bruno consegue emprego como auxiliar do Corpo de Bombeiros
O goleiro Bruno Fernandes de Souza, condenado pela morte de Eliza Samudio, tem uma nova ocupação. O ex-atleta, agora, presta serviço para o Corpo de Bombeiros de Varginha, cidade do Sul de Minas onde ele cumpre a pena.
Conforme o advogado Fábio Gama, o ex-jogador começou a trabalhar com a corporação há cerca de duas semanas. “Ele é ajudante geral, faz tudo o que é necessário”, explicou. Para exercer a função, Bruno deixa o Presídio de Varginha de segunda a quinta-feira, às 7h. Ele retorna às 17h30. “O translado fica por conta do próprio Corpo de Bombeiros”, informou o defensor.
O representante do ex-atleta contou que o cliente aceitou o cargo para ter direito a remissão da pena. Por cada três dias de trabalho, ele é beneficiado com um a menos na pena. “Ele foi autorizado a dar aulas no Núcleo de Capacitação para a Paz (Nucap), mas houve um problema de falta de repasse de verbas que inviabilizou a ação do instituto. Por isso, o Bruno não chegou a trabalhar lá. Como quer deixar logo a prisão, aceitou o novo serviço”.
Gama explicou que a parceria entre os bombeiros e o presídio é nova e que todos os detentos foram selecionados para trabalhar com a corporação. “Bruno não titubeou e aceitou na hora”, conta.
O Corpo de Bombeiros de Varginha informou que recebeu autorização da 1ª Vara Criminal e Execução Penal para admitir Bruno e outros quatro detentos. “Considerando que o trabalho é de extrema importância a reeducação e ressocialização do reeducando, tratando-se de instrumento de afirmação da sua dignidade humana e reiserção social”, argumentou.
O caso
Bruno foi condenado em primeira instância, em 2013, pelo homicídio triplamente qualificado da ex-namorada, ocultação do cadáver e sequestro e cárcere privado do filho. Ele chegou a ficar dois meses em liberdade, por causa de uma liminar, entre fevereiro e abril deste ano. Durante o período de liberdade, atuou pelo Boa Esporte, de Varginha, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro de futebol.
Eliza Samudio desapareceu em 2010 e o corpo dela nunca foi achado. Ela tinha 25 anos na época e era mãe do filho recém-nascido do goleiro. Na ocasião, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
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