ECONOMIAITABIRA E REGIÃOPOLÍTICA

TRAVADA NO COPAM – Sem licença Vale pode suspender metade das atividades no município

O Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) de Minas Gerais, deve avaliar nesta sexta-feira (27), o pedido da mineradora Vale, para licença de operação (LO), para a barragem Itabiruçu, em Itabira. De acordo com o gerente de operações do complexo Minas Gerais, Rodrigo Chaves, o pedido de alteamento da barragem em funcionamento na mina de Conceição, tramita na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), desde o final do ano de 2013, e apenas em janeiro deste ano foi enviado ao Copam. Para seguir operando na barragem, a Vale conseguiu uma autorização provisória de operação (APO), concedida em 2015. No entanto a barragem já opera no limite de 850m. 

A informação de Rodrigo Chaves foi explicada na manhã desta quarta-feira (25), durante uma reunião com os vereadores, realizada na Câmara Municipal. Ainda de acordo com o gerente das operações em Itabira, o julgamento da autorização permitirá a empresa operar com a barragem em seu limite máximo. “O nível de 850m vai até o ano de 2030, e o nível de 836m termina em 2021. Se a gente não conseguir a licença até 2021, no nível de 850m, paralisamos até metade das nossas operações em Itabira”, alertou o gerente. 

A barragem Itabiruçu foi implantada para contenção de rejeitos gerados nas usinas da mina Conceição, e para acumular água para o funcionamento do sistema de operação. Com o aumento da metragem em análise no Copam, a Vale pretende estender a área útil de disposição de rejeito para atender a mina, garantindo mais segurança operacional da barragem. 

A paralisação da metade das operações da Vale no município impactaria diretamente na produção anual, que pode chegar a 29 milhões de toneladas de minério de ferro. Cerca de 4.114 empregados trabalham nas minas da empresa em Itabira, e uma paralisação representaria um prejuízo de R$544 milhões apenas com os salários dos funcionários. Sem a operação na barragem Itabiruçu, segundo o gerente da Vale, a empresa deixaria de pagar R$1,689 milhões em impostos por ano. 

BARRAGEM PONTAL – DRENAGEM BAIRROS BELA VISTA E NOVA VISTA

O gerente de operações do complexo Minas Gerais, Rodrigo Chaves, também apresentou aos vereadores que está em andamento um estudo de Engenharia Detalhada (Projeto Executivo), em parceria com a Sec. Municipal De Obras, para a drenagem superficial do esgoto dos Bairros Bela Vista e Nova Vista.

De acordo com Rodrigo Chaves, o prazo para entrega do Projeto Executivo deve se confirmar em maio de 2019. Logo após a entrega, o projeto será implantado e executado.

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