HNSD apoia campanha nacional e cobra mais recursos para Hemodiálise
O Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) entrou na campanha de valorização “Vidas Importam”, desenvolvida e divulgada em todo o Brasil por meio da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT). A instituição cobra do Governo Federal mais atenção no repasse de verbas para o desenvolvimento dos trabalhos envolvendo este setor, nas instituições hospitalares espalhadas pelo país.
Segundo divulgado pela ABCDT, eles sem perspectivas de reajuste para o valor da sessão de hemodiálise e a associação, em consonância com a demanda das clínicas, decidiu desenvolver e apoiar ações que visem chamar a atenção da sociedade, da imprensa e, em especial das autoridades para alertar sobre a crise que prejudica o setor e pressionar o Governo para a necessidade de investir na diálise.
O HNSD dispõe de 34 máquinas de hemodiálise por turno, atendendo 620 por semana, em três turnos por dia, o que totaliza 2.600 sessões por mês, com os seus 225 pacientes. Na gestão atual foram adquiridas dez máquinas para aumentar o número de pacientes.
Mesmo o HNSD possuindo uma boa estrutura, a falta de verbas públicas para o setor ainda é um problema, segundo relatou o responsável técnico pelo Serviço de Tratamento Renal Substitutivo, Marco Antônio Gomes.
“O Governo não nos dá estrutura, segundo a associação, fecharam 700 centros de diálise no Brasil. Nós estamos precisando abrir os centros e eles estão fechando. Olha a situação que estamos vivendo hoje, é de alarmar. Nós temos 10% da população brasileira com doença renal, é muita gente. Em Itabira não muda, é a mesma coisa, se no Brasil tem 10% aqui na cidade também é assim, sem considerar a região”, disse o médico.
O aumento das verbas, segundo Marco Antônio, aumentaria a capacidade de atendimento em toda a região. Se o HNSD conseguir os recursos para adquirir mais 10 máquinas de hemodiálise, os próximos quatro anos seriam “mais tranquilos”, segundo o responsável pelo setor.
“Sai pacientes para transplante sim. Mas a fila de espera para transplante é uma média de quatro anos. Nós somos um centro de diálise que no ranking de Minas Gerais estamos na cabeça, só no ano passado nós tivemos oito transplantes realizados, vai à Belo Horizonte para ver se é assim. Porque é assim? Por que temos organização, mas se tivermos verba e condições de investir, o nosso índice de mortalidade não aumenta”, relatou o médico.