Romeu Zema (Novo) e Carlos Viana (PHS) participam de reunião com radiodifusores
Nesta segunda-feira (05), a Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt) recebeu em sua sede, em Belo Horizonte, o governador e o senador eleito, por Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e Carlos Viana (PHS), respectivamente. Durante o encontro, os parlamentares puderam ouvir as principais demandas dos setores de rádio e televisão e falar sobre seus planos no decorrer de seus mandatos. Ambos assumem os cargos no dia 01 de janeiro de 2019. “É tendo esse tipo de contato que se toma conhecimento das dificuldades que o setor vem enfrentando. Eu já havia visitado algumas rádios do interior de Minas, que haviam me relatado atrasos de pagamento, e agora estou vendo que isso tem acontecido de forma bem mais ampla do que eu imaginava”, afirmou Zema.
Na ocasião, o governador eleito garantiu transparência e disse que vai tomar ações corretivas, se referindo ao atual governador, que segundo ele, tem sido pouco eficiente e ágil na resolução de problemas relacionados a área da comunicação. “O maior projeto que existe e que mais vai contribuir para o desenvolvimento do setor é o desenvolvimento econômico. Quando nós tivermos uma economia mais puxante, que vai gerar empregos e mais consumo, as empresas vão anunciar mais e com certeza a receita desses meios de comunicação vai ampliar,” ressaltou.
O presidente da Amirt, Mayrinck Júnior, falou em entrevista sobre a importância do Estado se modernizar, como por exemplo, trocar o papel pelo digital garantindo maior eficiência. “Minas é um Estado do tamanho da França, em números de emissoras de rádio e de Tv é o segundo do país. A vinda do Zema aqui é para que ele entenda que a Amirt está disposta a ser parceira do governo, com maior eficiência, para que nós possamos fazer uma comunicação mais transparente e eficiente. Nossas empresas não são mais empresas que transmitem por ondas, elas são empresas multiplataformas. O governo é a locomotiva que orienta para onde o Estado vai,” disse.
O senador eleito por Minas Gerais, Carlos Viana (PHS), declarou que vários pontos importantes foram alcançados no Brasil, como a liberdade de imprensa, por exemplo. “O que nós tivemos nas urnas é um desejo de reprovação por parte da população e isso significa mais respeito à informação de qualidade e ao trabalho democrático. O que nós precisamos é que o novo governo desenvolva atividades privadas e que nós no Senado ajudemos Minas Gerais a recuperar a capacidade de investimento para que a imprensa e os veículos de comunicação possam ter um financiamento independente das contas oficiais. Eu acredito que nós, a partir do ano que vem, com um novo programa de governo e com uma nova fase de desenvolvimento, possamos ajudar em muito as emissoras a se manterem de forma independente das verbas oficiais,” disse.
Três pilares
De acordo com Zema, sua gestão terá alicerce em três pilares: reduzir despesas, dinamizar a economia e renegociar a dívida de Minas com o governo federal. “Vou ter uma equipe muito mais enxuta e não vou fazer uso de uma série de privilégios e mordomias que todos governadores tiveram, vou reduzir as secretarias, os cargos de indicação política, aluguéis e etc. O segundo é dinamizar a economia, simplificar a vida de quem trabalha. Hoje Minas Gerais é o estado mais complicado para se investir e pagar impostos. É o mais lento na concessão de licenças ambientais e sanitárias. O terceiro é renegociar com o governo federal a dívida de Minas que hoje onera muito nos cofres públicos do Estado. Com esses três pilares, com toda certeza, temos como fazer o Estado passar a crescer e gerar 150 mil empregos por ano, ” afirmou.
Por: Patrícia Marques e Victor Veloso
FOTOS: RONNIEL NASCIMENTO