Itabira – Vem ai 4ª Arte Especial Por Uma Educação Popular e Libertadora; Saiba mais
Sobre o evento
Acontece no sábado, dia 05 de Outubro, em Itabira o Festival “4ª Arte Especial – Por Uma Educação Popular e Libertadora”. O evento que será gratuito, acontecerá no bairro Campestre e contará com diversas oficinas, atrações musicais, feira de artesanato e alimentação. Sua intensa programação acontecerá das 14hs às 23hs e é o resultado de uma parceria do Coletivo 4ª Arte e de diversos projetos e coletivos de Itabira. Trata-se da terceira edição do festival que iniciou-se em 2016 na praça do Areão. No ano passado, já na pracinha do campestre, aconteceu a segunda edição com o tema “Celebrando a diversidade”. Neste ano, o coletivo 4a Arte convida a todas e todos de Itabira para este encontro que já está se consolidando na agenda cultural da cidade. Serão nove apresentações, várias oficinas, apresentação de projetos da Unifei, além de uma feira de artesanato. A seguir, maiores detalhes sobre o mini-festival.
Tema: Por Uma Educação Popular e Libertadora O retorno do Brasil ao mapa da fome da ONU; o aumento espantoso das queimadas e desmatamento na Amazônia; a acentuação da desigualdade social; crimes ambientais de grandes proporções (como os relacionados à mineração e que seguem impunes); o aumento abusivo de substâncias tóxicas e cancerígenas na produção de alimentos; a redução de direitos sociais; a redução na liberdade de expressão; a perseguição a lideranças sociais; o aumento da violência nas grandes cidades e do genocídio negro e indígena. Estes são alguns dos principais indicadores de um grave momento no qual estamos inseridos e que demanda uma profunda reflexão sobre a nossa maneira de viver, de produzir e de entendermos a natureza.
As soluções para tais problemas são diversos, estruturais e complexos, mas perpassam, necessariamente pela popularização do conhecimento científico, alinhado com o popular e tradicional. A educação transformadora é a resposta e por isso a escolha do tema para o nosso evento, como um convite a esta reflexão.
Paulo Freire desenvolveu um conceito de educação para atender as demandas do povo brasileiro por libertação da situação de oprimido, que sofria, e ainda sofre com a superexploração do seu trabalho e dos seus recursos naturais, que beneficia uma pequena elite subserviente aos interesses imperialistas de países desenvolvidos. Se contrapondo ao que chamou de ‘educação bancária’, voltada ao mercado e aos interesses escusos das elites, a educação libertadora ressignifica a relação
professor-aluno. Nessa perspectiva o ato de ensinar passa a ser também de aprendizado, pois os estudantes são sujeitos sociais formados por uma história de 2 classe e com conhecimentos populares que devem ser valorizados e incorporados na aprendizagem, que culmina num processo de transformação social, sendo, portanto, um ato político! Assim, a educação, para ser popular e libertadora, deve estar ao lado das classes oprimidas, fornecendo ferramentas e instrumentos de
transformação das pessoas que a acessam, pois esses sujeitos transformados serão os protagonistas da libertação do povo brasileiro!
Future-se: uma passagem ao passado
Com a justificativa de que a universidade deve ser um espaço de geração de divisas e uma banca de negócios com empresas, o governo Bolsonaro apresentou o projeto Future-se em julho deste ano. O objetivo deste projeto é a eliminação da autonomia universitária, que passará a ser gerida por entidades privadas, as organizações sociais, e não mais teriam a garantia constitucional de ser custeada por recursos da união. Assim, para manter as pesquisas, ou mesmo atividades de ensino e extensão, as instituições teriam que procurar financiamento na iniciativa privada, o que coloca dois problemas. Primeiro, as empresas só financiariam projetos de áreas do conhecimento aplicadas, que apresentam resultados mais rápidos e custos menores. Em segundo lugar, quem defende o Future-se esquece de considerar a realidade das empresas brasileiras, que não têm interesse em investir em Pesquisa e Desenvolvimento, pois é mais barato importar tecnologias dos seus países de origem e só permanecem no Brasil porque as leis trabalhistas e ambientais são muito mais brandas, barateando seus custos de produção. Portanto, mesmo áreas aplicadas, como as engenharias, não teriam facilidade em obter recursos, o que significa, na prática, o fim da universidade pública gratuita e de
qualidade brasileira! Issa discussão é muito sério e precisa tornar-se mais ampla.
Programação
Dentre as atrações, destacam-se as oficinas de slackline, yoga, pintura, artesanato e filtro dos sonhos, decoração sustentável. A produção do evento pede aos interessados que levem penas, miçangas e similares para a confecção do filtro dos sonhos. Os demais materiais de todas as oficinas serão doados. Para os interessados em voltar com uma lembrança do evento, também serão confeccionadas estampas em defesa à educação. Basta que cada interessado leve sua camiseta clara para ser personalizada gratuitamente.
As apresentações musicais do evento ficarão por conta das nove atrações listadas a seguir:
● Órfãos do Brás: Trio de ex alunos da Casa do Brás que misturam músicas mostrando que, analisando essa cadeia hereditária, Ed Sheeran e Rouge não estão tão longe assim.
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● Marvin Darwin: banda alternativa que busca o êxtase da energia positiva
em tudo que toca, trazendo em seu repertório variados estilos musicais.
● A banda 1Verso Paralelo pretende levar ao público um repertório autoral
com sons que vão do reggae ao rap. Traz a influência da música brasileira
para suas composições, com letras que abordam questões sociais e
existenciais, além de melodias chapantes e dançantes.
● Karen Daynide e o Movimento HipHop Itabirano apresentam um repertório
diversificado desde o Rap ao Trap com nossos rappers locais, juntamente
com uma apresentações de dança desde o Breaking ao Dubstep. Na
performance dos artistas, se buscará atrair todos os olhares para um grande
espetáculo.
● A Bateria Calangodum apresentará um repertório popular com uma batida
pra lá de contagiante e ritmos que variam do samba reggae ao samba
enredo fazendo todo o mundo dançar.
● A banda BreakFast Funk tem no repertório versões instrumentais de
clássicos do jazz e do rock/pop. “Take Five” (Paul Desmond) e “Rolling In
The Deep” (Adele) mostram um pouco da influência e da versatilidade da
banda. No repertório também estão algumas músicas autorais, como “Cabelo
Vermelho” e “Escolhas”.
● Além das apresentações da DJ Gaia, Fernando Cotonete, Tomate &
Bruno
Sobre os projetos
Conheça melhor alguns dos realizadores do evento.
I. 4a Arte
O coletivo 4ª Arte é um projeto criado na UNIFEI formado por funcionários,
alunos e por membros externos e que leva arte e a crítica social aos espaços
dentro e fora da universidade. Por meio das artes em suas diferentes formas
de expressão, o projeto busca provocar o pensamento crítico e apoia a luta
contra qualquer tipo de intolerância e preconceito.
II. El Cantare
El Cantare, uma egrégora formada por jovens que foram unidos através do
amor e que tem a missão de emanar a luz por onde passam. O foco é que
todos expandam suas consciências para poder perceber e receber a
transformação através dos atos e sentimentos. Os integrantes do El Cantare,
trabalham com uma gama muito ampla de atividades, um exemplo disso
seria as ações sustentáveis e palestras de conscientização geral. Não temos
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vínculo político e nem religioso, assim recebemos a participação de todas as
vertentes, priorizando o respeito e amor incondicional.
III. Engenheiros Sem Fronteira – Núcleo Itabira
A ONG Engenheiros Sem Fronteiras, é reconhecida mundialmente por realizar
projetos de engenharia sem fins lucrativos, para o desenvolvimento local e
regional, a fim de promover melhorias na qualidade de vida das comunidades
menos favorecidas.
IV. Tô Na Praça
O Tô Na Praça #EconomiaSolidária é um grupo de artesãos que se reúne na
Praça do Campestre um sábado por mês para expor seus trabalhos (a
maioria não encontrados nos mercados tradicionais da cidade). Além do
artesanato, o grupo organiza a feira repleta de atrações musicais,
alimentação, entretenimento, com a constante preocupação em interagir com
todos os públicos. O projeto não tem nenhum vínculo com a prefeitura,
contando sempre com apoio de outros coletivos/amigos da cidade, como os
coletivos 4a Arte, Altamente, Viravoltear e Casa de Jah Soundsystem.
V. Bateria Calangodum
Bateria da Unifei – Itabira, a Calangodum busca o desenvolvimento cultural e
social dos estudantes e comunidade itabirana através da música: ferramenta
de união.
Redes Sociais
Facebook: fb.com/4arteunifei/
Instagram: @coletivo4arte
Contatos
Guilherme: +55 31 9775-9315
João Lucas: +55 31 98625-0902