Quem ai se lembra do Monza? Pois é… Ele está de volta
Que tal um Chevrolet Monza ano/modelo 2019 com motor 1.3 turbo na sua garagem? Seria o sonho de muitos brasileiros, mas só os chineses terão essa felicidade. Infelizmente. O novo Monza 2019 foi lançado no Salão de Guangzhou, na China, e chamou nossa atenção porque ele faria uma bela ponte aqui no Brasil entre o Cobalt e o Cruze. Olha só por que:
Dá para dizer que o Monza é mais bonito e tem melhor desempenho que o Cobalt, mas não chega a ser um Cruze. Ele tem 4,63 metros de comprimento, contra 4,48 metros do Cobalt e 4,66 metros do Cruze. As medidas tão parecidas com as do Cruze não são à toa: é que os dois modelos compartilham a mesma plataforma, apelidada de D2XX.
De entre-eixos são 2,64 metros, contra 2,62 metros e 2,70 metros, respectivamente. Ou seja: se o Cobalt já é considerado um carro espaçoso por aqui, imagine o Monza.
Quando a gente avalia o desempenho, o Monza também deixa os modelos vendidos por aqui para trás. Literalmente. A versão que você vê nas fotos dessa página é a mais esportiva, apelidada de RS, e conta com motor 1.3 turbo de 163 cv. Ou seja, é mais potente até do que o Cruze, vendido por aqui com motor 1.4 turbo de 153 cv.
Na comparação com o Cobalt, o Monza ganha mesmo na versão de entrada, que terá motor 1.0 turbo de 125 cv. Por aqui, o Cobalt tem um 1.4 aspirado de 106 cv ou um 1.8 aspirado de 111 cv. Nada mal.
Os números de desempenho do Monza ainda não saíram lá na China, mas o Cruze 1.4 por aqui precisou de 8,8 segundos para chegar aos 100 km/h. Já o Cobalt 1.8 precisou de longos 10,3 segundos.
Já o visual é bem mais esportivo que o do Cobalt. Tanto é que, ao menos na versão RS, o Monza tem emblema da Chevrolet pintado de preto e o principal destaque da dianteira é a enorme grade, dividida em duas partes, acima e abaixo do logo. Além do design tipo colmeia, há entradas de ar e o emblema RS em vermelho.
Os faróis e lanternas são de LED, enquanto as rodas, os faróis e retrovisores tem detalhes escurecidos. Para completar o visual mais esportivo, destaque para a antena do rádio tipo tubarão e para o teto solar. Este último ítem, inclusive, seria um diferencial tanto em relação ao Cobalt quanto ao Cruze, que não são vendidos no Brasil com teto solar (apenas o Cruze hatch oferece o equipamento na versão mais cara).
Falando em preços, este talvez fosse o principal impecilho do Monza por aqui. Como o Cobalt tem versões entre R$ 67.490 e R$ 77.890 e o Cruze sedã varia de R$ 97.790 a R$ 109.840, o Monza não seria um carro barato.
Além disso, as vendas de sedãs médios não andam nada boas. Tirando Toyota Corolla e Honda Civic, líderes disparados do segmento, o Cruze fechou 2018 com vendas medianas, enquanto Volkswagen Jetta e Nissan Sentra emplacaram pouco mais de 4 mil unidades cada.
Por outro lado, a Chevrolet não pode reclamar das vendas de sedãs compactos, já que seu Prisma é líder disparado, com 30 mil unidades a mais que o novato Virtus durante os 12 meses do ano passado.
Questionada se há estudos para vender o Monza por aqui, a Chevrolet do Brasil afirmou apenas que “o portfólio Chevrolet varia conforme a região para atender as necessidades dos consumidores locais e as especificações do mercado”.
Fonte: revistaautoesporte