Ronaldo Magalhães assina ordens de serviço para a construção dos novos prédios da Unifei
As obras dos prédios de aprendizagem 4, 5 e 6, do projeto de ampliação do campus, devem gerar cerca de 400 empregos diretos já no próximo mês
A Prefeitura iniciou mais uma etapa da ampliação do campus da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) em Itabira. Nesta terça-feira (23), na área externa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) – Parque Natural Municipal do Intelecto – o prefeito Ronaldo Magalhães assinou três ordens de serviço para as obras de construção dos prédios de aprendizagem 4, 5 e 6.
As estruturas serão erguidas pelas empresas Construtora HRDomínio (4), Construtora Guia (5) e Conata Engenharia (6), sendo a primeira de Itabira e as demais de Belo Horizonte. No total, de acordo com os contratos, esta etapa custará cerca de R$ 115 milhões. Quase 90% dos recursos são oriundos da empresa Vale, que doou R$ 100 milhões para a ampliação do campus e, o restante, é investimento da Prefeitura de Itabira.
Segundo o secretário municipal de Obras, Transportes e Trânsito, Ronaldo Lott Pires, os três prédios dão início ao projeto definitivo da Unifei Itabira, apresentado em 2012 pelo conceituado arquiteto Gustavo Penna. “Nesse espaço estão previstos seis prédios de aprendizagem. Os três que serão construídos agora significam a implantação real da parte física da Unifei Itabira, já que as duas estruturas existentes são chamadas de anexos e foram feitas porque não havia um projeto arquitetônico para o campus e a universidade precisava funcionar”, explicou o secretário.
É importante ressaltar, no entanto, que a construção dos atuais prédios anexos foi executada pela Prefeitura e os laboratórios foram doados pela Vale. Desta vez, o Município será responsável, junto com a Unifei, pela parte laboratorial e também por outras estruturas do futuro parque científico-tecnológico e da incubadora de empresas. Já a mineradora, ficará por conta das obras dos edifícios. Esse modelo é conhecido como tríplice hélice, ou seja, a parceria entre Governo Federal – Unifei –, Governo Municipal e iniciativa privada – Vale.
“A Unifei é um modelo diferente de universidade federal no país e, inclusive, já levamos ao conhecimento do Ministério da Educação (MEC), que pontuou, diante à falta de recursos para investimentos, principalmente do Governo Federal, o fato de termos conseguido implantar novas universidades ou expandir as existentes. Foi esse modelo de parceria que possibilitou tudo”, destacou Ronaldo Magalhães.
Os três novos prédios de aprendizagem somam, aproximadamente, 30 mil m² e oferecerão, em cada um deles, espaço de convivência, lanchonete, anfiteatro, além de laboratórios, salas de aula, reuniões e de professores. “Toda a estrutura acadêmica necessária para uma perfeita e adequada utilização dos edifícios”, analisou Ronaldo Lott.
Após assinatura das ordens, o início dos trabalhos é imediato, com previsão para serem concluídos em 24 meses. A contratação de trabalhadores, bem como a mobilização do canteiro de obras e alojamento, deve começar já no próximo mês.
Para o prefeito, além do ensino público superior de qualidade, aliado à inovação tecnológica, oferecidos pela universidade federal, a contribuição para o desenvolvimento econômico e social é permanente para Itabira e região. “Essa obra não é apenas de Itabira, é da região e até mesmo do Brasil, pois já temos vários alunos do norte de minas, do nordeste, do sul e é isso que nós queremos: integrar a todos. Esses prédios permitirão dobrar o número de alunos. Hoje, temos em torno de 2,3 mil e vamos passar para 4,5 mil”, analisou Ronaldo Magalhães. Ainda segundo o prefeito, essas obras beneficiarão também a geração de emprego e renda. “Nesse momento a geração de emprego é muito importante, principalmente se acompanharmos o índice de desemprego no Brasil. Teremos em torno de 400 empregos diretos nesta obra”, ressaltou Ronaldo.
Saiba mais
Para a implantação do campus acontecer, a Prefeitura precisou ajustar o projeto à realidade econômica de Itabira, trabalho que foi realizado em um ano. Em sua forma original, a construção dos três prédios ficaria acima dos R$ 150 milhões. “Não foi modificado a forma arquitetônica e sim o conteúdo. Por ser um projeto de grande magnitude, foi preciso tempo para adaptá-lo. Retiramos alguns tópicos de acabamento e de infraestrutura interna para diminuir os custos. No final de 2016, foi realizada uma licitação deste projeto, mas o processo foi questionado e, a partir de 2017, trouxemos os custos para a atual realidade que vivem o país e a cidade”, finalizou o secretário Ronaldo Lott.