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Comerciantes estimam vendas maiores na Páscoa

 

Para 38,4% dos comerciantes de produtos alimentícios em Minas, as vendas durante a Páscoa deste ano serão melhores que no mesmo período de 2022. Esse resultado é 4,7 pontos percentuais (p.p) abaixo do registrado no ano passado (43,1%). É o que aponta a pesquisa “Expectativa do Comércio Varejista – Páscoa 2023”, realizada pelo Núcleo de Inteligência & Pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG).

Para o economista da Fecomércio-MG, Stefan D’Amato, essa pequena queda no otimismo do setor ocorreu devido a uma redução do apelo emocional logo após o abrandamento da pandemia em 2022.

Dentre os empresários mais confiantes, 60,2% destacaram o sentimento de otimismo e esperança como o principal motivador para essa expectativa no varejo. Outros motivos que se destacam são o abrandamento da pandemia (28,9%) e uma maior confiança do consumidor nesse período (13,3%). “Esses fatores estão interligados e demonstram tanto a confiança dos consumidores quanto dos empresários na retomada das atividades presenciais de compra e venda”, explica.

Outros 28,2% dos varejistas disseram que os resultados devem ser iguais aos do ano anterior, enquanto 23,1% afirmaram que esperam uma queda nas vendas na comparação com 2022. Apenas 10,2% não responderam ou não souberam avaliar. Os motivos mais citados para que esses comerciantes apresentarem expectativas de resultados piores na Páscoa de 2023 são: a crise econômica (42%), a mudança de governo (24%) e o endividamento do consumidor (20%).

Páscoa é impactada pela inflação

D’Amato relata que os principais desafios para os comerciantes são os impactos gerados pela inflação no processo de produção e circulação dos produtos, como o ovo da Páscoa, e da taxa de juros que está forçando um possível repasse da elevação dos custos operacionais ao consumidor final.

O economista ainda destaca o esforço dos lojistas para conseguirem junto a seus fornecedores estoques com melhores preços para atenderem as demandas dos consumidores.

A pesquisa também revelou que a Páscoa gera impacto em 56,5% do segmento alimentício do comércio varejista em Minas; com 45,5% dos empresários respondendo que a data proporciona efeitos positivos em suas vendas, contra 11% que afirmaram sofrer com um impacto negativo. Outros 43,5% disseram que o período não influencia suas vendas.

O perfil dos empreendimentos impactados pela Páscoa é: empresas do segmento de minimercados, mercearias e armazéns (42,1%), entre 20 e 50 anos de atuação no mercado (36,9%) e com até nove funcionários (62,6%).

Vendas de Páscoa

Mais da metade das lojas do segmento alimentício já iniciaram as vendas de Páscoa, 58% no total. A maioria dos lojistas (94,25%) acredita que os consumidores preferem realizar suas compras, principalmente, na semana que antecede a data.

Dentre as ações visando o aumento das vendas, as mais citadas foram: a realização de promoções e liquidações, com 28,7% das empresas, e investimento em propaganda (22,2%). Porém, 36,1% dos lojistas não estão com planos de adotar algum tipo de ação para essa data.

D’Amato aconselha que as empresas também desenvolvam ações de marketing para obterem resultados positivos durante a Páscoa. Ele aponta para a importância do uso das mídias sociais como estratégia eficaz para impulsionar as vendas. “As redes sociais permitem que as empresas se conectem diretamente com seu público-alvo, compartilhem informações sobre seus produtos e serviços, engajem-se com os clientes e criem uma comunidade on-line em torno de sua marca”, ilustra.

O levantamento ainda mostrou que entre os produtos atrelados ao período, os mais vendidos são: caixa de bombom (31,6%), ovo da páscoa (23%), além da barra de chocolate e dos peixes, ambos empatados com 13,2%.

Quanto ao perfil de compra, 47,7% dos empresários lojistas estimam que o gasto médio deva ficar entre R$ 30 e R$ 70 e a forma de pagamento mais comum será via cartão de crédito à vista (43,5%).

Mesmo com todo esse otimismo quanto às vendas durante a Páscoa deste ano, 93,1% das empresas não contrataram ou não pretendem contratar funcionários temporários para esse período. Somente 5,17% adotaram essa medida; dentre elas, 50% esperam contratar apenas um funcionário.

Fonte: Amirt

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