Polícia apreende celular após preso que matou PM durante ‘saidinha’ postar vídeo ouvindo pagode
A polícia penal apreendeu nesta terça-feira (14) um celular dentro do presídio Nelson Hungria, que fica em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Usado para postar vídeos em redes sociais, o aparelho foi usado pelo detento acusado de assassinar o sargento Roger Dias, em janeiro deste ano, durante uma “saidinha”.
Em postagem feita na tarde dessa segunda-feira (13), o preso aparece fumando e ouvindo pagode dentro de uma cela do complexo penintenciário.
Em nota , a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que um dos pavilhões do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, passou por revista de inspeção minuciosa nesta manhã de terça-feira (14), quando o celular teria sido encontrado com Welbert de Souza Fagundes.
A nota também informa que um procedimento interno será aberto para investigar como o aparelho chegou até o detento, e que ele responderá às sanções administrativas cabíveis pela “falta grave”.
A saída temporária de presos, mais conhecida como “saidinha”, voltou ao debate quando um sargento da polícia militar foi baleado em 5 de janeiro. Welbert de Souza Fagundes, de 25 anos, estava nas ruas, beneficiado pela medida, e é apontado como o responsável por disparar várias vezes à queima roupa na cabeça do sargento Roger Dias da Cunha, no bairro Novo Aarão Reis, Região Norte de BH
O Sargento Dias chegou a passar por duas cirurgias, Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, mas não resistiu aos ferimentos e morreu em 7 de janeiro.
Como a Sejusp faz varredura nas celas?
A Sejusp ressaltou, na nota enviada ao Hoje em Dia, que o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) realiza, diariamente, várias ações de revista em celas para coibir a entrada e a permanência de materiais ilícitos ou não permitidos no interior das unidades prisionais sob sua administração.
Para isso, além da expertise dos policiais penais e ações preventivas da Inteligência, conta com equipamentos como os escâneres corporais e detectores de metal em revistas a visitantes. As correspondências e itens que chegam destinados a custodiados são alvos igualmente de minuciosa inspeção.
Fonte: Hoje em Dia