POLÍCIA

Ataque a banco é crime comum na ficha dos 12 mais procurados de Minas

Os 12 criminosos mais procurados de Minas estão envolvidos nos recentes ataques a caixas eletrônicos e instituições financeiras do Estado. Além da participação nos roubos que têm aterrorizado cidades do interior, eles respondem por assassinatos, tráfico de drogas e sequestro, só para citar alguns exemplos. Somados, são mais de 30 crimes praticados.

Com mandados de prisão em aberto, eles tiveram nomes, apelidos, idades, delitos e locais de atuação revelados ontem pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). A divulgação integra o relançamento do Procura-se, programa que busca capturar os bandidos com a ajuda dos mineiros.

Na primeira edição do projeto, há seis anos, 29 nomes figuraram em três listas. Vinte e três foram parar atrás das grades após denúncias da população. Desta vez, as informações sobre os criminosos estarão em um site, redes sociais das forças de segurança do Estado e cartazes espalhados em locais de grande circulação de pessoas. 

“Já fizemos a identificação e a divulgação dos criminosos. A inteligência trabalha para localizar e prender essas pessoas. Precisamos disseminar essas informações para que a população coopere”, disse o subsecretário de Integração de Segurança Pública da Sesp, Marcelo Vladimir Corrêa.

Os dados dos bandidos também serão repassados ao outros estados. Segundo o delegado e coordenador de Operações da Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária da Polícia Civil, Júlio Wilke, as ordens de prisão, expedidas em Minas, têm validade em todo o país. “Estamos trabalhando juntos, somando os esforços com todas as instituições diuturnamente para encontrar e responsabilizar essas pessoas que estão envolvidas nesta modalidade criminosa”.

Trabalho conjunto

Especialistas em segurança pública garantem que a medida é eficaz. “O Procura-se geralmente a[/TEXTO]presenta bons resultados, porque conta com a participação voluntária e anônima do cidadão, que conhece esses personagens e é uma fonte de informação muito útil”, aponta o sociólogo e professor da PUC Minas Luis Flávio Sapori.

Mas para Sapori quanto o pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) e professor da UFMG Bráulio Figueiredo, afirmam ser essencial investir paralelamente no trabalho de investigação convencional, com monitoramento eletrônico e análise de dados. “É uma iniciativa importante, mas não deve ser a única. Deve vir acompanhada de recursos de inteligência das polícias Civil e Militar”, aponta Bráulio.

O especialista defende o uso das fotografias. “A pessoa já tem mandado de prisão expedido e está foragida. Ela tem uma conta a pagar junto à sociedade e ao Estado. Talvez, a divulgação possa ser criticada por questões de violação de imagem, mas acredito que a população tem o direito de saber quem está sendo procurado porque cometeu crimes graves”.

(Colaborou Malú Damázio)

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