Após 20 anos de espera, moradores de Córrego dos Macacos têm vidas transformadas com obras de saneamento básico
Parceria do Saae e da Prefeitura de Itabira contempla obras de abastecimento de água e sistema de recolhimento do esgoto em fossas biodigestoras
A comunidade de Córrego dos Macacos, em Ipoema, passou 20 anos sem saber o que era água encanada e própria para consumo. Mas agora a realidade é outra! No último sábado (20) o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e a Prefeitura de Itabira fizeram a inauguração dessas importantes obras de saneamento básico que vem transformando a vida de quase 30 famílias.
Nívea Conceição, moradora da comunidade de Córrego dos Macacos, demonstrou felicidade ao abrir a torneira de casa e ter água limpa. “Antes eu abria a torneira e só saia um pouquinho de água amarelada. Agora está muito melhor, totalmente diferente a qualidade da água”, disse.
Em seu discurso, o presidente do Saae, Carlos Carmelo Torres Moreira, o Cac, lembrou que o saneamento básico está diretamente ligado ao direito à saúde, à vida e à dignidade da população. “É muito bom a gente ver as pessoas sendo atendidas e poder ofertar dignidade à população do campo”, comentou.
As obras, realizadas ao longo do último ano e entregues em janeiro de 2024, contemplam a perfuração de poço artesiano, a instalação da infraestrutura para bombeamento da água, a construção de 3,3 km de redes e ramais de abastecimento, a implantação de reservatórios de distribuição com capacidade de 20 m³ de água e a instalação de 19 biodigestores.
“Compromisso feito é compromisso cumprido! Os moradores dessa comunidade me disseram que buscavam água longe, na cabaça, era um sofrimento enorme. O Saae e a Prefeitura fizeram esse investimento, que se estende a várias comunidades rurais que sofrem com a falta de água. E agora entregamos para a comunidade um poço artesiano que oferece água limpa, água pura, gerando mais qualidade de vida para essas famílias”, declarou o prefeito Marco Antônio Lage.
Antes das obras realizadas pelo Saae e pela Prefeitura de Itabira, os moradores da comunidade Córrego de Macacos tinham a cisterna como a principal fonte de abastecimento. Já a destinação de efluentes era feita, em sua maioria, por fossas negras – caracterizadas por uma escavação realizada sem nenhum revestimento, tampouco tratamento adequado, onde os dejetos humanos eram despejados nesta abertura e entravam em contato direto com o solo. O que causava preocupação devido a possibilidade de contaminação do solo e do curso d’água.
Diagnóstico ambiental
Itabira possui mais de 100 comunidades rurais, das quais 76 tiveram diagnóstico ambiental realizado a partir de visitas de técnicos do Saae. O mapeamento faz parte do projeto Desenvolvendo Comunidades, uma das ações do Programa Viver Melhor no Campo.
As definições das comunidades atendidas foram baseadas em um estudo feito pelo Saae, onde foram analisadas a situação atual da captação, tratamento e distribuição de água, tratamento e a destinação do esgoto doméstico.