GERALSAÚDE

Cientistas acreditam ter descoberto a causa da morte súbita de recém-nascidos

Um estudo britânico recém-divulgado revela possíveis causas para a Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL), até então pouco entendida. A condição é caracterizada por causar uma morte inexplicável de bebês. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a SMSL é a principal causa de óbito de bebês com menos de 1 ano, e geralmente ocorre durante o sono noturno.

Na pesquisa publicada em 25 de maio na revista científica Journal of Neuropathology and Experimental Neurology Research, cientistas revelam que a alteração de um receptor de serotonina, identificada em recém-nascidos vítimas da síndrome, pode ser uma explicação biológica para a morte súbita. 

Os bebês usam esse receptor para responder à falta de oxigênio. Isso os ajuda a acordar e respirar fundo, mas no caso de anormalidades, o processo é prejudicado e as crianças acabam morrendo durante o sono, pela falta de ar.

Os pesquisadores chegaram a esses resultados após realizarem autópsias de células cerebrais de bebês que morreram de SMSL. Eles encontraram a alteração do receptor de serotonina nas crianças vítimas da síndrome, mas não nas amostras de mortes infantis por outras causas.

Os cientistas acreditam que a Síndrome da Morte Súbita do Lactente ocorra quando o recém-nascido é exposto a algum fator externo durante o primeiro ano de vida, período crítico do desenvolvimento do sistema cardiorrespiratório.

O fator externo pode ser desde a posição na hora de dormir, virada para baixo, por exemplo. Nesse caso, se a criança apresentar falta de ar durante o sono e o receptor de serotonina for anormal, ela ficará prediposta a sofrer a morte súbita.

Os pesquisadores sugerem que ouvir sons e enconstar em algo pode ajudar os bebês a estabilizar a respiração. A SMSL tende a ser mais frequente em recém-nascidos que dormem sozinhos e que são privados desses estímulos.

Fonte: Hoje em Dia

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