Com chegada do outono, baixa vacinação infantil favorece aumento de doenças respiratórias em Minas
Menos de 40% das crianças mineiras tomaram a segunda dose contra a Covid. O alerta contra o baixo índice de proteção volta a ganhar força, com a chegada do outono e consequente previsão de queda nas temperaturas. O grupo infantil é, naturalmente, um dos mais afetados por doenças respiratórias nesta época do ano. Médicos e autoridades pedem a ajuda dos país para colocar a imunização dos filhos em dia.
Os números do Sistema de Informações Hospitalares dos SUS apontam que, somente em 2022, 13,3 mil menores de 1 ano e quase 20 mil meninos e meninas de 1 a 4 anos foram internadas no Estado devido a gripes, resfriados, bronquites, asmas e Covid.
“Por isso reforçamos para que pais, mães e responsáveis levem suas crianças ao posto de saúde, para garantir a proteção desse grupo e evitar possíveis agravamentos, especialmente durante esse período sazonal que durará cerca de 3 ou 4 meses”, afirma o médico Fábio Baccheretti, secretário de Estado de Saúde.
Outra parcela da população que merece especial atenção é a formada pelos idosos. Minas iniciou em fevereiro a vacinação bivalente para quem tem mais de 70 anos – algumas cidades, como BH, já avançaram para outras faixa etárias.
Também recebem a dose com dupla proteção nessa fase da campanha imunocomprometidos a partir de 12 anos e comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas a partir de 12 anos.
“A previsão é de que a fase 2 da campanha já contemple pessoas acima dos 60 anos. Além disso, outros grupos, como gestantes e puérperas, por exemplo, serão contemplados nas demais fases da campanha, de acordo com a orientação do Ministério da Saúde”, disse Baccheretti.
Ações
Em meio à expectativa do aumento das doenças respiratórias, o Estado diz que ampliou o atendimento, com mais recursos para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Segundo o governo mineiro, o Hospital Infantil João Paulo II está com escala completa de pediatras. Já o João 23 está estruturado para abrir 10 novos leitos de CTI, caso seja necessário.
O diretor geral do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência do João XXIII, Fabrício Giarola Oliveira, reforça que a intenção, com esses novos leitos, é ampliar a cobertura assistencial no momento em que crescerem os casos de maior gravidade e os leitos existentes estarão ocupados. “Com esses novos leitos, conseguiremos atender aos pacientes pediátricos com síndromes respiratórias graves causadas por vírus na sazonalidade, como a covid-19, com maior tranquilidade”, disse.
Fonte: Hoje em Dia