Com o tema Não Pule Etapas, Prefeitura leva campanha de gravidez na adolescência para escolas
Entre os dias 2 e 8 de fevereiro, é celebrada a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, instituída pelo Governo Federal em 2019. Durante todo ano de 2023, a Prefeitura de Itabira levará para as escolas do município o programa Conectando para Prevenir. Com o tema “Não Pule Etapas”, o programa busca disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência, ação que inspirou o programa na cidade.
Desde o ano passado, a equipe técnica da Superintendência de Ações em Saúde e o projeto Conexão Jovem – em parceria com os alunos do internato rural de medicina da Fundação Educacional Lucas Machado (FELUMA) – estão visitando as escolas municipais com palestras e rodas de conversas. Foram visitadas as escolas Antônio Camilo Alvim no Barreiro, Marina Bragança no Santa Marta e José Gomes Vieira no Santa Ruth.
Adolescência primeiro, gravidez depois
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gravidez na adolescência é aquela que ocorre entre os 10 e 20 anos de idade. Apontada como uma gestação de alto risco por causa das preocupações que traz à jovem mãe e ao recém-nascido, a gravidez precoce pode acarretar muitos problemas sociais e biológicos. Os riscos são tanto para a jovem mãe quanto para o bebê. Entre eles destaca-se o duplo anabolismo – competição biológica entre mãe e o feto pelos mesmos nutrientes.
A superintendente de Ações em Saúde, Alice Teixeira Pontes, ressalta que “o corpo da mulher adolescente está em fase de formação o que traz outros fatores de risco como, por exemplo, a bacia não estar desenvolvida o suficiente para o parto. Pode ocorrer pré-eclâmpsia ou desproporção pélvica fetal e até complicações obstétricas durante o parto, como uma cesariana de urgência, segundo profissionais médicos”. Demais riscos que valem a pena ser citados: doenças hipertensivas, partos prematuros, má-formação do pulmão.
Em tempo
O Brasil tem, atualmente, 21 milhões de jovens adolescentes e cerca de 300 mil crianças nascem de mães nessa faixa etária.
“A adolescência é um período da vida rico em manifestações emocionais caracterizadas por ambiguidades de papéis, mudança de valores e dificuldades face à procura de independência pela vida. Gravidez é coisa séria e muda para sempre a vida do adolescente. Assim, o Conectando para Prevenir aborda nas escolas a falta do conhecimento adequado dos métodos contraceptivos, o uso e acesso, o constrangimento e o bullying sofrido pelas meninas durante a gravidez, as relações interpessoais em casa e na escola, a violência, a solidão e o abandono, o acesso aos serviços de saúde na fase de gestação e pós gestação” finalizou Alice Pontes.