ECONOMIA

Conta de luz vai ficar 7,36% mais cara em Minas a partir da semana que vem

Foto arquivo – Itabira Notícia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu o reajuste de 7,36% da tarifa dos clientes residenciais da Cemig. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (20), durante a 17ª reunião ordinária realizada pelo órgão em Brasília. A medida impacta 5,5 milhões de clientes de 774 municípios atendidos pela da companhia. 

Para cerca de 1,5 milhão de consumidores residenciais beneficiados pela Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), o valor terá um acréscimo de 2,02%.

Segundo a Cemig, a diferença em relação aos clientes residenciais normais, que não são classificados como baixa renda, se dá pelo fato do encargo da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) não incidir na fatura dos beneficiados da Tarifa Social.  

Conforme a estatal, o reajuste foi impactado principalmente pelo aumento dos encargos setoriais, que representou 4,63 pontos percentuais (p.p) do novo valor.

Os encargos setoriais destinam-se, principalmente, a subsidiar diversas políticas públicas no setor elétrico brasileiro, incluindo a universalização do serviço de energia, a tarifa social, o incentivo às fontes renováveis (como a geração distribuída) e o desenvolvimento energético dos estados.

A nova tarifa da companhia passa a vigorar a partir do próximo dia 28 e vai até o dia 27 de maio de 2026, conforme determina o contrato de concessão da distribuidora. 

Segundo o gerente de Regulação da Cemig, Giordano Bruno Braz de Pinho Matos, o cliente da companhia vai perceber o reajuste total a partir da fatura de junho com vencimento em julho de 2025.

“Em junho, os consumidores pagarão uma parte do consumo registrado antes de 28 de maio, ainda conforme a tarifa antiga, e a outra parcela do consumo já com o novo valor”. 

Na conta de luz dos mineiros, a Cemig Distribuição é responsável por 26% e se destinam a remunerar o investimento, cobrir a depreciação dos ativos e outros custos.

Os demais 74% são utilizados para cobrir encargos setoriais (18%), tributos pagos aos Governos Federal e Estadual (21%), energia comprada (25%), encargos de transmissão (9%) e receitas irrecuperáveis (1%). Os impostos arrecadados na fatura de energia, como taxa de iluminação pública, ICMS, PIS e Cofins são repassados integralmente para as prefeituras, além dos governos Estadual e Federal.

Fonte: Hoje em Dia

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