Dados estatísticos, referentes à violência doméstica e familiar contra a mulher
O 12º Departamento de Polícia de Ipatinga divulgou, nesta terça-feira de manhã, dados estatísticos a pedido da imprensa, referentes à violência doméstica e familiar contra a mulher. Os dados apresentam uma comparação entre os anos de 2020 e 2023 nas três maiores cidades do Vale do Aço (Ipatinga, Cel. Fabriciano e Timóteo), assim como em todas as sedes de regionais, que, além de Ipatinga, incluem as cidades de Caratinga, Manhuaçu, Ponte Nova, João Monlevade e Itabira.
Além dos números absolutos, são apresentadas taxas para cada grupo de mil mulheres e uma média diária. Ipatinga, que tem aproximadamente 119.272 mulheres, apresentou uma taxa de 13,7 em 2023, o que significa que treze mulheres sofreram algum tipo de violência doméstica e familiar a cada grupo de mil mulheres. O aspecto positivo é que a taxa, que era de 14,2 em 2022, reduziu para 13,7 em 2023, indicando uma ligeira queda. No entanto, os números ainda são preocupantes, visto que a média diária em 2023 é de 4,9 (cinco mulheres sofrem algum tipo de violência diariamente em Ipatinga). Apenas em Ipatinga, foram registrados 1.644 casos junto à Polícia Civil e Polícia Militar. O mês de outubro foi o mais violento, com 194 casos, enquanto junho foi o menos violento, com 96 casos. Os principais agressores continuam sendo o cônjuge ou companheiro, com 566 envolvidos, seguidos pelo ex-cônjuge ou ex-companheiro, com 458 envolvidos. A violência física lidera com 692 casos, enquanto a psicológica está logo atrás, com 600 casos.
Na cidade vizinha de Cel. Fabriciano, a taxa para cada grupo de mil mulheres é de 11,7, com uma média diária de 2,3 mulheres agredidas. O mês mais violento foi março, e o menos violento foi novembro. A violência psicológica ultrapassou a física em 2023, com 257 casos em comparação com 246 casos da segunda. O aspecto positivo é que, assim como em Ipatinga, Cel. Fabriciano apresenta queda na taxa para cada grupo de mil mulheres, já que em 2022 a taxa era de 12,8.
No sentido oposto, Timóteo, apesar de ter uma taxa menor, com 10,9 para cada grupo de mil mulheres, foi a cidade que apresentou maior aumento em comparação com o ano de 2022, que era de 9,9. Assim, considerando que o mês de dezembro não está computado, essa taxa poderá aumentar ainda mais até o final do ano. Em Timóteo, assim como em Ipatinga, a violência física lidera a lista das violências, com 193 casos.
Na área do 12º Departamento de Polícia de Ipatinga, a maior taxa para cada grupo de mil mulheres, entre as cidades maiores, está em Ponte Nova, com 16,66.
Para o chefe do 12º Departamento de Polícia de Ipatinga, Delegado Geral Gilmaro Alves Ferreira, é importante a divulgação dos dados, abrindo sempre a discussão sobre a diversidade e a violência no âmbito social. Busca-se constantemente envolver a sociedade no combate a qualquer forma de violência doméstica e familiar contra a mulher, algo que a sociedade não pode tolerar, mesmo que de forma inconsciente. Precisamos apoiar e expandir as políticas públicas, programas e estratégias que promovam a igualdade de gênero nas normas, atitudes e, principalmente, nos comportamentos sociais.