Em menos de três meses, surtos de mão-pé-boca em BH já superam casos de 2022
Belo Horizonte enfrenta aumento dos casos da síndrome mão-pé-boca, doença altamente contagiosa que afeta principalmente crianças menores de 5 anos. Em menos de três meses, os surtos já superam o total de 2022. Não há vacina contra a enfermidade, o que reforça o alerta aos pais para as medidas de higiene dos filhos.
Já são 13 surtos de mão-pé-boca na capital, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. No ano passado, foram 10. O cenário é caracterizado quando há mais de três casos em um mesmo local. O total de notificações não foi informado.
Devido ao aumento de casos, unidades de educação já alertam as famílias. Na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Santa Amélia, na Pampulha, um comunicado foi enviado aos responsáveis das crianças. O texto informa que um aluno foi diagnosticado com a doença.
Questionada, a Secretaria Municipal de Educação informou que segue as definições da Saúde e, até o momento, não houve orientação de suspensão das aulas por conta de registros da doença, somente afastamento dos doentes.
Doença
A Síndrome mão-pé-boca (SMPB) acomete com maior frequência crianças entre 1 e 5 anos e pode ser assintomática, principalmente em adultos.
Quando sintomática, as principais queixas são: febre; dor de garganta; redução de apetite; prostração; úlceras aftosas em cavidade oral; exantema máculo-papular que pode evoluir para vesículas principalmente nas palmas das mãos e planta dos pés, mas também nádegas, joelhos e cotovelos.
O risco de infecção pelos vírus pode ser reduzido seguindo alguns passos, como:
- Lavagem de mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de trocar fraldas, e ajudar as crianças fazerem o mesmo;
- Evitar tocar os olhos, nariz e boca sem lavar as mãos;
- Cobrir boca e nariz ao espirrar ou tossir;
- Evitar contato próximo como beijos, abraços e evitar compartilhar copos e talheres com pessoas que estão com a doença;
- Desinfetar frequentemente superfícies e objetos, como brinquedos e maçanetas, especialmente se houver doente;
- Manter crianças doentes afastadas da escola até que se recuperem;
- Acompanhar as crianças doentes e orientar a procura imediata de assistência médica em caso de persistência de febre alta, prostração ou piora do estado geral.
Fonte; Hoje em Dia