EUA testam ‘caças invisíveis’ em resposta a míssil de ditador
Seul, Coreia do Sul. Coreia do Sul e Estados Unidos iniciaram na segunda-feira (4) exercícios militares em grande escala que representam uma nova exibição de força em relação à Coreia do Norte, depois que o regime de Kim Jong-un testou, na semana passada, um novo míssil intercontinental.
Os americanos estão usando nos exercícios os chamados “caças “invisíveis” (ou furtivos), considerados difíceis de serem detectados pelos radares, como F-22 e o F-35, das Forças Armadas dos EUA.
Os exercícios anuais EUA-Coreia do Sul, batizados de Ás Vigilante, terminam no dia 8, e seis caças antirradar F-22 Raptor estarão entre as mais de 230 aeronaves participantes.
Caças F-35 também se envolverão nos exercícios, que incluirão o maior número de aeronaves de quinta geração, considerados os mais modernos, que já participaram do evento, segundo um porta-voz da Força Aérea dos EUA baseado na Coreia do Sul. O F-22 e o F-35 são aviões supersônicos, ou seja, que podem ultrapassar a velocidade do som.
Segundo um mecânico ouvido pela “The National Interest”, publicação especializada em relações internacionais, o segredo da camuflagem do F-22 estaria na manutenção da superfície do avião. A camuflagem se desvanece com o tempo e os deixa vulneráveis aos radares. “Se o piloto é detectado pelo radar, pode ser derrubado. Se não é, então, pode cumprir sua missão, penetrar nas linhas inimigas e nem ser detectado”, disse Joshua Moon.
Ocultar a radiação infravermelha e a emissão de radiofrequências são outros elementos que garantem a invisibilidade de caças militares. No fim de semana, o jornal estatal norte-coreano criticou as manobras. “É uma provocação aberta, em todos os níveis, contra a Coreia do Norte, e deixa a região à beira de uma guerra nuclear”.
“Os belicistas americanos e sua marionete sul-coreana fariam bem em recordar que seu exercício militar dirigido contra a Coreia do Norte será tão estúpido como um ato que precipita sua autodestruição”, completou. O ministério norte-coreano das Relações Exteriores acusou o governo Trump de “querer a guerra nuclear a qualquer preço” com a simulação.
No domingo, o senador republicano Lindsey Graham abriu a possibilidade de uma guerra preventiva contra a ditadura de Kim Jong-un.
Testemunho
Em voo. A tripulação de um avião da Cathay Pacific teria testemunhado a “entrada de um míssil na atmosfera terrestre” ao sobrevoar o Japão. O lançamento também foi relatado por dois aviões sul-coreanos.
Kim e Trump entre as 10 maiores personalidades do ano da ‘Time’
SÃO PAULO. A “Time” divulgou os finalistas da indicação de Pessoa do Ano, em reconhecimento a uma pessoa ou grupo que mais influenciou o noticiário, para o bem ou para o mal. São dez os indicados para 2017.
Entre eles, os líderes mundiais Donald Trump; o líder norte-coreano, Kim Jong-un; o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman; o líder chinês, Xi Jinping; e o procurador especial Robert Mueller, que está investigando a suposta interferência russa nas eleições americanas de 2016.
Os outros são o jogador de futebol americano Colin Kaepernick; Patty Jenkins, a primeira diretora de cinema que fez mais de US$ 100 milhões na estreia (no caso, com “Mulher Maravilha); os Dreamers; o CEO da Amazon, Jeff Bezos; e o movimento #MeToo.
Pyongyang terá rara visita da ONU
Nova York, EUA. O secretário geral adjunto da ONU para Assuntos Políticos, o americano Jeffrey Feltman, realizará entre terça e sexta-feira uma visita oficial à Coreia do Norte, anunciou na segunda-feira o porta-voz das Nações Unidas, Stéphane Dujarric. Trata-se da primeira visita de Feltman a esse país desde que assumiu sua função em 2012.
Suas conversas com funcionários de alto escalão norte-coreanos abordarão “temas de interesse e preocupação comuns”, acrescentou o porta-voz, que não esclareceu se o funcionário da ONU se reunirá com o líder do regime, Kim Jong-Un.
Jeffrey Feltman se deslocará a vários lugares onde a ONU tem projetos, detalhou o porta-voz, indicando que sua estadia se desenvolverá principalmente na região de Pyongyang. A visita ocorre após um convite dos norte-coreanos ao secretário geral da ONU, António Guterres, durante a Assembleia Geral.
O TEMPO