POLÍTICA

Fachin autoriza pedido e Temer será investigado

Temer

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) e autorizou abertura de inquérito para investigar o presidente Michel Temer. Com a decisão, o presidente passa formalmente à condição de investigado na Lava Jato.

O pedido de abertura de inquérito foi feito após Joesley Batista, um dos donos do grupo JBS, delatar à PGR que gravou, em março deste ano, Temer dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A informação foi divulgada pelo jornal “O Globo”.

De acordo com a Constituição Federal, um presidente da República só pode ser investigado caso atos ilegais sejam cometidos durante o exercício do mandato e com a autorização do STF. Dessa maneira, Temer pode ser investigado porque os fatos delatados por Joesley teriam sido cometidos em março deste ano. 

Relembre o caso

Nessa quarta-feira (17), foi revelado pelo jornal “O Globo” que o dono da empresa JBS, Joesley Batista, gravou declarações comprometedoras do presidente Michel Temer (PMDB) e do senador Aécio Neves (PSDB) durante conversas informais. Batista, que já possui um acordo de delação premiada com a Justiça Federal, levou as gravações ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que fossem homologadas.
 
Nestas conversas, o presidente teria sugerido que se mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio. Já Aécio Neves teria pedido R$ 2 milhões para ajudar a pagar suas despesas com a defesa na Operação Lava Jato. 
 
Devido a isso, foi deflagrada, na manhã de hoje, a operação Patmos, que prendeu a irmã do senador, Andrea Neves e outras duas pessoas após ser expedido mandados de prisão preventiva pelo ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator dos processos ligados à Operação Lava Jato.
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