Goleiro Bruno tem pena reduzida e Justiça mantém certidão de óbito de Eliza
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais decidiu nesta quarta-feira (27) reduzir a pena do goleiro Bruno Fernandes de 22 anos e três meses de prisão para 20 anos e nove meses. O motivo é a prescrição da pena de ocultação de cadáver por causa da demora em julgar o recurso em relação a esse crime.
Bruno foi condenado em primeira instância, em 2013, pelo homicídio triplamente qualificado da ex-namorada, ocultação do cadáver e sequestro e cárcere privado do filho deles.
O goleiro já cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado. Ele chegou a ficar dois meses em liberdade, por causa de uma liminar, entre fevereiro e abril deste ano. Agora os advogados do atleta tentam mudança do regime fechado para o semi-aberto.
Durante o período de liberdade, atuou pelo Boa Esporte, de Varginha, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro de futebol. Ele chegou a ser agredido em jogos, o clube perdeu patrocinadores e um abaixo-assinado nas redes sociais pedia que times não contratassem o goleiro enquanto ele não dissesse onde está o corpo de Eliza.
Quanto a certidão de óbito de Eliza Samúdio, o documento foi considerado válido, apesar do corpo não ter sido encontrado. A Justiça entendeu que a certidão foi expedida de forma fundamentada e deve ser mantida.
A certidão de óbito de Eliza Samudio foi emitida no dia 24 de janeiro de 2013 pelo Cartório de Registro Civil de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e autorizada pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, também na RMBH.
Já em relação à ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, a pena de cinco anos foi diminuída para três anos e alterada para duas restritivas de direito. Ela era acusada pelo sequestro e cárcere privado de Eliza e também do filho Bruninho. A pena pelos crimes também prescreveu, por isso a condenação diminuiu.
* Com Estadão Conteúdo