Governo de Minas investe R$ 20 mi em políticas públicas para qualificação de trabalhadores
O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), vai investir neste ano R$ 20 milhões em políticas públicas para expansão do mercado de trabalho, geração de renda e qualificação profissional. Só neste último eixo, está previsto um aporte de R$ 10,667 milhões para a abertura de 4.250 vagas em cursos de capacitação nas principais regiões do estado, com foco, principalmente, em públicos vulneráveis e em situação de pobreza e extrema pobreza.
Estão previstas 150 turmas nas mais variadas áreas, cuja capacitação será feita por entidades parceiras especializadas, como o sistema “S”, além de instituições de ensino profissionalizante.
Segundo a secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá, nos últimos anos, a Sedese fez um mapeamento econômico para levantar as principais demandas por cursos em cada região do estado. “A partir desse estudo, serão oferecidas capacitações nas áreas de desenvolvimento socioemocional e de competência para o trabalho, destinadas a pessoas em situação de rua que desejam ingressar no mercado de trabalho”, explica.
Certificação
Serão realizados também cursos específicos como eletricista de rede de distribuição e mecânico de máquinas pesadas, voltados para trabalhadores que têm interesse em ingressar na indústria, em atividades que exigem certificação. Entre os pré-requisitos para participar da capacitação, estão ser maior de 16 anos e cumprir a escolaridade mínima de acordo com o curso, se existir.
“Com a ampliação da abrangência e variedade de cursos oferecidos para pessoas que buscam colocação imediata no mercado de trabalho, ou ainda para aquelas que procuram novos conhecimentos para gerar renda de forma autônoma, a Sedese contribui com a garantia da autonomia dos trabalhadores, passo fundamental para a conquista da dignidade. O governo segue trabalhando para mudar a vida dos mineiros que mais precisam”, enfatizou Raphael Vasconcelos Amaral Rodrigues, subsecretário de Trabalho e Emprego da Sedese.
Intermediação de mão de obra
Neste ano também a Sedese quer impulsionar a captação e intermediação de mão de obra para os mineiros. Hoje, a secretaria coordena, no estado, 133 unidades do Sistema Nacional de Emprego (Sine). Por meio desses postos físicos, o trabalhador tem acesso às vagas de emprego disponíveis em diversas áreas do mercado de trabalho.
Para facilitar o acesso às oportunidades de emprego, a Sedese disponibiliza a consulta on-line dos postos de trabalho no Painel de Vagas do Sine, uma importante ferramenta aliada do trabalhador para garantir o ingresso ou reinserção no mercado formal de trabalho.
Por meio desse sistema, o trabalhador pode ter acesso, antes mesmo de sair de casa, a todas as oportunidades nas 133 unidades do Sine em todo o estado. De forma simples e descomplicada, a seleção pode ser feita também por município, região e até mesmo pela ocupação que o trabalhador está em busca.
Geração de renda
Os programas de geração de renda garantem, principalmente, o assessoramento técnico aos catadores de materiais recicláveis, com investimento de quase R$ 2 milhões para atender, neste ano, 1,2 mil pessoas em 30 municípios mineiros.
Deste montante, 840 catadores ainda não estão organizados, principalmente os que trabalham nas ruas e lixões, e outros 360 já estão organizados e atuam em associações e cooperativas.
No ano passado, foram executados serviços técnicos de mapeamento, acompanhamento e assessoramento para a promoção da inclusão socioprodutiva dos catadores não organizados, além do fomento aos empreendimentos econômicos solidários e às redes de cooperação que atuam com resíduos sólidos.
Economia solidária
A Sedese pretende realizar, ainda neste ano, 15 Feiras Regionais de Economia Popular Solidária, além de uma feira estadual, contemplando todos os Fóruns de Economia Solidária. Serão disponibilizados também 450 kits de barracas que vão ajudar a fomentar a economia solidária no estado. A primeira feira deve ser realizada em março, com local e data ainda a serem definidos.
Nos anos de 2021 e 2022 foram feitas 11 feiras, com 443 empreendimentos atendidos, beneficiando cerca de 900 famílias. Cada evento contou com a presença de aproximadamente 1,5 mil pessoas. Entre os municípios beneficiados estão Teófilo Otoni, Januária, João Monlevade, Uberaba, Pedra Azul, Poços de Caldas, Diamantina, Juiz de Fora, Barbacena, Montes Claros e Araçuaí. Outras cinco ainda estão em fase de execução: Uberlândia, Paracatu, Buritizeiro, Governador Valadares e Belo Horizonte.
Trajeto Renda e Moda
Em 2023, a Sedese também vai dar continuidade aos projetos Trajeto Renda, com objetivo de atender 3 mil pessoas com apoio aos pequenos produtores das mais diversas áreas para inclusão produtiva. Já o Trajeto Moda, voltado para o público feminino, tem previsão de beneficiar cerca de 300 famílias. Ambos os projetos estão inseridos no programa Percursos Gerais.
No Trajeto Renda, as articulações com os municípios e a contratação das equipes executoras estão em andamento. No ano passado, foram contabilizados 7 mil atendimentos ao longo das ações nos 31 municípios, beneficiando 4.039 pessoas em Salinas, Diamantina e Montes Claros, com ações de assessoramento.
Os atendimentos remanescentes de 2021 beneficiaram também 645 pessoas nas Diretorias Regionais da Sedese de Salinas, Diamantina e Montes Claros, com ações de formação profissional, além de outros 267 em Teófilo Otoni. Nesta cidade, mais 127 pessoas foram contempladas com ações de assessoramento.
No Trajeto Moda, as mulheres receberão treinamento em corte e costura e apoio socioemocional para fomentar a inclusão produtiva. Além disso, a Sedese irá fornecer cerca de 180 máquinas de costura, para que essas pessoas possam realizar os cursos e posteriormente formar grupos produtivos.
Fonte: Agência Minas