HNSD lança comissão de doação de órgãos e homenageia Martinho Júnior
O Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) deu um importante passo para ampliar o debate sobre doação de órgãos em Itabira e região. Na última sexta-feira (1º), durante uma missa na Catedral Nossa Senhora do Rosário, foi lançada a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Transplantes de Tecidos Martinho Francisco Alvarenga de Oliveira Júnior.
A comissão tem o objetivo de integrar o HNSD ao MG Transplantes e, também, promover ações de estímulo às famílias para a doação de órgãos — por meio de campanhas de conscientização e iniciativas que destaque a importância desse ato de doação para salvar vidas.
“Nós vamos promover esclarecimentos para a sociedade para que as pessoas possam ajudar as outras e para que possamos contribuir para o engrandecimento do transplante de órgãos no Brasil”, destacou o médico Marcos Vale, que preside a Comissão de Doação de Órgãos eTransplantes de Tecidos.
O HNSD irá trabalhar essa iniciativa como um projeto de extensão de amor, qualidade e
continuidade de vida. O ato de doar órgãos representa a esperança para diversas pessoas que depende disso para garantir a sua saúde, deixar os longos tratamentos hospitalares e, assim, poder normalizar a sua rotina e cotidiano. “Essa comissão organiza todo o fluxo e processo de captação de doação de órgãos. Ela trabalha internamente uma equipe multiprofissional com: psicólogos, assistentes sociais, médicos, enfermeiros. Esse grupo trabalha dentro de premissas do Ministério da Saúde para poder sensibilizar e atrair o maior número de pessoas que tenham a possibilidade de doação de órgãos e, dentro dessa possibilidade, permitir que a vida de outros possa ser prolongada”, destacou Alexandre Coelho, diretor executivo do HNSD.
Visão de futuro
Ao criar a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Transplantes de Tecidos Martinho Francisco Alvarenga de Oliveira Júnior, o HNSD dá início a um trabalho para que a instituição, no futuro, possa ser referendada para realizar cirurgias de transplante de órgãos — o que pode representar um importante passo para o sistema de saúde de Itabira e região.
“É preciso dar esse passo, mas ele é o primeiro e não será o último. A finalidade da criação dessa comissão é que o hospital almeja um dia fazer transplantes e, para isso, precisa entrar nesse ambiente da doação. Sem os doadores não é possível o transplante. Esperamos, daqui a algum tempo, não só coletar órgão para doação, mas também fazer as cirurgias de transplante em nossos pacientes”, destacou Dom Marco Aurélio Gubiotti, presidente da Irmandade Nossa Senhora das Dores (INSD).
O provedor do HNSD, Márcio Antônio Labruna, destacou que a instituição vem se
desenvolvendo para que possa possibilitar ações inovadoras e novos serviços de saúde. Nesse sentido, ele destacou a criação do Núcleo de Inovação e a parceria firmada com a Universidade Federal de Itajubá (Unifei). “Estamos implantando uma semente de uma tecnologia que estamos em busca. Hoje realizamos hemodiálise no hospital, mas sabemos que a solução é o transplante de rins, por exemplo. Então essa á uma ação fundamental para salvar vidas e vamos entrar nessa tecnologia para valer”, garantiu Márcio Labruna.
Homenagem
A Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Transplantes de Tecidos leva o nome do jovem itabirano Martinho Francisco Alvarenga de Oliveira Júnior, que faleceu em 2020 aos 26 anos. Ele deixou registrado o desejo que, em caso de fatalidade, os seus órgãos fossem doados. O que foi respeitado pelos seus familiares. O gesto se tornou um símbolo de solidariedade em Itabira.
Durante a missa de lançamento da comissão, Martinho Júnior foi homenageado pelo HNSD e a INSD. Foi confeccionada uma placa que será afixada no hospital, indicando o trabalho pela conscientização e estímulo à doação de órgãos no município e região. A família recebeu uma réplica. “Eu e a minha família nos sentimos muito honrados com essa homenagem, que não esperávamos. A doação de órgãos deveria ser algo normal para todos, pois pode ser uma ajuda para tantas pessoas que aguardam na fila do transplante. O meu filho, Martinho Júnior, em vida, sempre manifestou o desejo de ser doador e que esse gesto dele contribua para que possamos refletir sobre isso e que levem esperança para outras pessoas”, afirmou Martinho Francisco.