Influenciadora de Divinópolis é presa por crimes digitais
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu, na segunda-feira (16/12), em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte, mandado de prisão preventiva contra uma mulher, de 31 anos, indiciada por crimes digitais, incluindo extorsão, calúnia, injúria, perseguição, ameaça e racismo. A suspeita é natural de Divinópolis, região Central do estado.
A ação ocorreu após informações de que a mulher, que estava nos Estados Unidos, retornaria ao Brasil na última sexta-feira (13/12). Inclusive, havia um alerta vermelho emitido pela Interpol contra ela.
A prisão foi efetuada durante uma abordagem de rotina, realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-262.
Investigação
Conforme informou o delegado Weslley Amaral, a investigação teve início em junho deste ano, após 24 vítimas procurarem a PCMG em Divinópolis relatando as práticas criminosas da suspeita.
De acordo com o apurado, a mulher utilizava perfis em redes sociais para extorquir, caluniar, injuriar, perseguir e cometer crimes de ameaça e racismo, especialmente relacionados a questões religiosas. Foram identificados sete perfis em redes de relacionamento virtual utilizados para as práticas ilícitas. A Polícia Civil solicitou a derrubada de todas essas contas.
Indiciamento
A apuração da PCMG resultou no indiciamento da suspeita, no dia 12 de setembro. Ela irá responder por 40 delitos, entre extorsão, denunciação caluniosa, divulgação de cena de pornografia, ameaça, perseguição, além de racismo e injúria relacionados à religião.
De acordo com Weslley Amaral, as medidas cautelares requeridas pela PCMG, incluindo quebras de sigilo, foram fundamentais para a identificação da autoria e a materialização das infrações penais.
O delegado ainda enfatizou a importância da utilização responsável das plataformas digitais. “As redes sociais alcançam um número ilimitado de pessoas. É possível identificar quem pratica crimes, mesmo utilizando perfis falsos, por meio de investigação adequada”, afirmou.