POLÍCIA

Justiça decreta prisão preventiva de militar que matou mestre de obras

Apuração. Trecho da avenida Tereza Cristina onde o crime ocorreu foi fechado para perícia; famil

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decretou, neste domingo (4), a prisão preventiva do sargento da Polícia Militar Ronildo Silva, 48, suspeito de matar o mestre de obras Anderson Cardoso Inácio, 48, após a vítima ter fechado seu carro avenida Tereza Cristina, no bairro Calafate, na região Oeste de Belo Horizonte, na manhã da última sexta-feira (2).

O sargento seguia pela avenida quando teria sido fechado por uma Ford Ranger. O militar não estava em horário de trabalho, mas sacou sua pistola 765, que estava no veículo, e atirou contra o mestre de obras, que acabou morrendo na hora. A vítima estava voltando do veterinário na companhia de um funcionário. Ele tinha levado sua cadela para uma consulta.

Em sua decisão o juiz entendeu a presença da periculosidade concreta e a necessidade da prisão preventiva, ele argumentou que “incidentes como este vêm ocorrendo diuturnamente e cumpre aos agentes públicos comportamento exemplar a fim de contribuir para o término dessa barbárie que virou a circulação viária. Ao autor dos fatos, policial militar experiente e já nos estertores de sua vida funcional, acompanhado de sua esposa cumpriria redobrada cautela”, informou o Tribunal de Justiça por meio de seu site em texto nesta segunda-feira (5).

Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), Minas Gerais teve 20 casos de lesões corporais provocadas entre motoristas, de janeiro a abril deste ano, média de cinco por mês. Na capital, foram quatro casos no mesmo período.

Anderson Inácio deixou a mulher e dois filhos. O mestre de obras foi atingido no pescoço a queima roupa. O policial alegou que pensou ser um assalto, porém não foi encontrada nenhuma arma com a vítima ou com o funcionário em sua companhia.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Militar, o sargento está preso no 13º Batalhão da Polícia Militar. Com a prisão preventiva decretada não há data para ele ser liberado.  O militar já tinha sido condenado por um homicídio cometido na década de 90.

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