Mãe vive terror no HMCC; bebê morre em hospital de Itabira e causa de morte é desconhecida
Mulher vai ganhar neném em Itabira e diz que viveu momento de terror dentro do Hospital Municipal Carlos Chagas, e que perdeu o filho sem saber os motivos.
Segundo Isabela Garmase Rodrigues de Araújo, de 29 anos de idade, ela veio da cidade de Timóteo, localizada no Vale do Aço e decidiu ter um filho na cidade de Itabira.
De acordo com Isabela Garmase, a gestação estava com 39 semanas e na sexta feira, dia 15 de fevereiro, ela não estava sentindo o bebê mexer e pediu ao esposo para levá-la ao Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC) que é administrado pela Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Isabela contou que o marido estava trabalhando e só pode levá-la no sábado, dia 16 de fevereiro.
A mulher contou que era por volta das 15hrs do sábado, quando o marido a levou no HMCC (Hospital Municipal Carlos Chagas) e que no momento ela estava sentindo dores, mas que não sentia o neném mexendo e que foi examinada na triagem do HCC por uma profissional de saúde.
De acordo com Isabela a auxiliar de saúde do hospital colocou um aparelho na barriga dela e falou que era para detectar os batimentos cardíacos do neném.
Ela diz que após fazer o exame a profissional disse que estava tudo dentro da normalidade e que não tinha risco, e que poderia esperar pelo atendimento e colocou uma pulseira amarela em seu punho para indicar que não tinha urgência.
Isabela Garmase disse que ficou aguardando o atendimento do médico e quando foi atendida, relatou ao médico o que estava acontecendo e que tempo depois foi colocada em uma maca para fazer os exames de toque para ver se tinha algum início de parto, o que segundo Isabela não foi constatado pelo médico.
Segundo a mulher, o médico que lhe atendeu receitou a ela soro, remédios para dor e a colocou em observação, sentada na enfermaria ela começou até a cochilar.
Isabela disse que ao passar um tempo, o médico pediu as enfermeiras para levar ela para fazer ultrassom, e que o profissional ficou espantado e disse que estava muito preocupado porque “o líquido” estava pouco.
A mulher contou que o médico chamou até uma enfermeira para mostrar a alteração no exame, e que através deste mesmo exame deu para ver o neném mexer e os batimentos cardíacos dele.
De acordo com Isabela, ela ficou lá, parada, há mais de duas horas esperando o médico que veio e falou com ela que iria aumentar o soro para ver se “o líquido” dela aumentava.
A mulher disse que após estes procedimentos, o médico foi refazer os exames de ultrassom, e que desta vez ele chamou um outro médico plantonista para acompanhar.
Isabela contou que o médico ao ver um dos exames disse aos colegas que poderia estar com um início de derrame, e que mostrou preocupação pela ausência de “líquido”.
A mulher disse que ficou no quarto a sós com o marido e que por volta das 21hrs foi comunicada de que ficaria internada para fazer outros procedimento de indução para provocar o parto, que segundo os funcionários é um procedimento de protocolo do hospital.
Segundo Isabela por volta das 7hrs da manhã o coração da criança estava normal, e que os procedimentos de protocolo deixados pelo médico do plantão anterior, continuaram a ser aplicado.
De acordo com a mulher, ela perguntou a enfermeira sobre o procedimento e a enfermeira disse que se não acontecesse o parto ela iria fazer cesariana.
O médico que assumiu o plantão foi até o leito onde Isabela estava e só se identificou como plantonista e que iria continuar o protocolo e que a tratou com desdém e nem chegou a tocar nela para examiná-la.
Segundo a mulher, após ela tomar banho as enfermeiras foram examiná-la e não conseguiram ouvir mais os batimentos cardíacos da criança e que chamaram um outro médico que usou uma luva e fez um novo exame de toque, Isabela contou ainda que ouviu uma conversa entres os profissionais que relatavam entre si a preocupação, e que colocaram outros aparelhos para detectar os batimentos cardíacos do bebê.
Após toda essa confusão de profissionais, um dos médicos ainda queria fazer outra ultrassom mas foi interpelado por outro profissional, a fazer a cirurgia para retirada da criança.
Isabela contou à reportagem que chegou a perceber o momento que o médico fez o corte e sentiu ele retirando a criança e dizendo “ meu deus”. A mulher disse que não ouviu a criança chorar e que perguntou as enfermeiras, que disseram que a criança estava sem vida.
Segundo Isabela a mãe dela estava acompanhando tudo, e começou a indagar o porque que a criança estava sem vida e chegou a ficar nervosa com os médicos. No guia de óbito a causa morte não foi explicada somente consta: “causa de morte desconhecida”.
A reportagem procurou o Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC) mas fomos orientados por funcionários, a procurar a assessoria de imprensa que fica na cidade de Ipatinga. Entramos em contato e não obtivemos retorno.
Fonte: Notícias Uai