POLÍCIA

METABASE NA LUTA – “Anglo poderá pagar a melhor PLR da história embora continua com a prática injusta de pagar mais para chefia” diz o presidente André Viana

Nesta quarta e quinta-feira (10 e 11) o Metabase Itabira esteve em Conceição do Mato Dentro para realizar mais uma assembleia com vistas a negociação da Participação no Lucros e Resultados – PLR dos trabalhadores da empresa Anglo American. A primeira assembleia para discussão e votação da PLR foi em junho e teve a proposta rejeitada por 653 dos 1099 trabalhadores que compareceram. De acordo com André Viana, presidente do Metabase Itabira, “a rejeição da proposta pelos trabalhadores à época motivou maior discussão e mobilização sobre a proposta”. Inicialmente foi oferecido 4.2 salários para o pessoal da produção e 5.2 salários para cargos de confiança (supervisores e gerentes). Nas bases do Rio de Janeiro e Belo Horizonte ofereceu-se o adiantamento de um salário, o que causou o descontentamento dos trabalhadores já que a eles não foi oferecido. Nesta assembleia igualou-se a premiação e forma de pagamento de acordo com as outras bases e a proposta foi aceita.​ Ainda de acordo com André, a pressão do Metabase deu resultado: “Em 2019 a Anglo American deverá pagar a maior PLR de sua história, mas não é motivo para comemorar, afinal, a vergonhosa prática de segregar cargos e funções com valores diferentes demonstra o desrespeito da empresa com a base”. A inclusão de antecipação imediata de um salário na proposta deu-se graças a manifestações na portaria da empresa, dias antes da assembleia, o que resultou em nova reunião com o sindicato. “Essa reivindicação dos trabalhadores (antecipação de um salário) e defendida pelo Metabase foi atendida, afinal, a empresa, desonestamente ofereceu o adiantamento em outras bases, excetuando Conceição do Mato Dentro”, disse o presidente André. Um outro destaque foi o aumento de comparecimento dos trabalhadores, 1245 contra 1099 da primeira assembleia. Walisson “Docim”, diretor responsável por secretariar as assembleias comemorou: “É gratificante perceber o reconhecimento dos trabalhadores ao nosso trabalho. Em uma manhã tão fria receber a atenção e o respeito destes guerreiros é motivador.” Carlos Estevam “Cacá”, vice-presidente disse “que a luta não vai parar: “Prova disso são os 250 votos contrários à proposta que demonstram o desejo de resistência. Ainda há forte rejeição e insatisfação com algumas ações da empresa e isso será debatido na assembleia do Acordo Coletivo do Trabalho em outubro deste ano e lá a chapa vai ferver”. Concluiu.

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