Minas pede socorro: Zema se encontrará com Bolsonaro para tentar repactuar dívida do Estado
A dívida que beira os R$ 90 bilhões junto à União leva o futuro governador mineiro a pedir socorro ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para tentar amenizar a grave crise econômica que o Estado enfrenta. No encontro que deve acontecer dias 20 ou 21, em Brasília, Romeu Zema (Novo) tratará da repactuação, com melhores condições e prazos mais alongados para a quitação do débito.
“É essencial essa renegociação, porque hoje é uma dívida que está beirando os R$ 90 bilhões, e o pagamento de juros onera muito o Estado. Uma repactuação desses juros, desse valor e do prazo da dívida, acaba viabilizando as finanças, que hoje estão praticamente inviáveis”, afirmou o governador eleito, após participar ontem de encontro com empresários em Nova Lima, na Grande BH.
Para garantir uma boa renegociação da dívida de Minas, Zema contará com o auxílio do ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, que descartou assumir a Secretaria da Fazenda, mas será consultor econômico do governador eleito, o que permitirá a interlocução com o Palácio do Planalto.
“Esse assunto da renegociação da dívida já vem sendo tratado, porque não é diretamente com ele (Bolsonaro), é com técnicos do Ministério da Fazenda. O próprio Gustavo Franco, junto com a equipe dele, já vem tratando desse assunto, entrando em detalhes sobre o que o Minas teria que fazer para poder ter a dívida renegociada”, conta Zema.
Transição
Com o decreto que institui a comissão de transição no[/TEXTO] governo estadual, publicado ontem no “Minas Gerais”, a primeira reunião do grupo será realizada amanhã, na Cidade Administrativa, onde a equipe de Zema ficará instalada no 13º andar do prédio Gerais.
O encontro das equipes da atual e da nova gestão seria realizado hoje, mas foi remarcado a pedido do governador Fernando Pimentel para que os secretários Marco Antonio Rezende (Casa Civil), Helvécio Magalhães (Planejamento) e Odair Cunha (Governo) pudessem participar da reunião.
“Houve uma certa demora por parte do atual governo em nomear e aceitar a equipe, mas já está tudo fluindo, o pessoal já está trabalhando. Lembrando que essa equipe é provisória, inicial, que vai ser ampliada com o tempo. Nós estamos recebendo muitos currículos de muita gente interessada, inclusive, boa parte querendo trabalhar voluntariamente, não só na fase de transição, mas também no início do nosso governo”, disse Zema.
Equipe
Para a coordenação da transição de governo foi indicado o vereador Mateus Simões (Novo), que atuou como assessor durante a campanha de Romeu Zema rumo ao Palácio da Liberdade.
À frente da área econômica estará o economista Victor Cezarini, que foi candidato a deputado federal pelo Novo. Ele é ex-analista de crédito nos bancos de investimento Brasil Plural e BI&P.
Também compõem a equipe de Zema a advogada Luciana Lopes, formada em Direito pela UFMG e em Administração Pública pela Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, que também foi candidata a deputada federal, o empresário Victor Garizo Becho, especializado em gestão de empresas, e o engenheiro Rodrigo Paiva, candidato derrotado do Novo ao Senado.
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