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Minas tem pelo menos 1.125 vagas abertas

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Crise econômica, contas mais caras, indústria produzindo menos, comércio vendendo pouco e muita, mas muita gente mesmo, procurando emprego. O noticiário não é animador para quem busca um lugar no mercado de trabalho, mas as vagas existem. O TEMPO encontrou 1.125 oportunidades abertas em Minas Gerais nos Portal do Emprego, do Ministério do Trabalho e Emprego, e nos sites dos shoppings de Belo Horizonte e Contagem. A pesquisa foi feita para cargos como vendedor, mecânico, pedreiro, técnicos em diversas modalidades, auxiliares e encarregados em vários setores, operador de máquinas e de telemarketing e gerente.

A maioria oferece salários de até R$ 1.500, pede experiência mínima de seis meses e exige escolaridade. “Para auxiliar administrativo, que normalmente é contratado por um salário mínimo, estão exigindo ensino médio completo”, diz o superintendente de gestão e fomento ao emprego da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), pasta responsável pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine), Márcio Luiz Guglielmoni.

Para cargos de vendedor, há empresas que só contratam quem tem curso superior completo. “No cenário de redução de emprego, as exigências aumentam”, diz o coordenador de gestão de processos do Ibmec-RJ, Luiz Fernando Barbieri. Em um shopping de Belo Horizonte, por exemplo, uma das lojas pede experiência de um ano, curso superior completo ou em andamento e busca um candidato com “vivência cultural, que seja dinâmico, comunicativo e proativo e tenha conhecimento de moda”. Tudo isso, sem salário fixo, apenas para receber comissões sobre as vendas.

Já em Barbacena, no Campo das Vertentes, quem tem curso superior em administração, gestão comercial ou áreas afins, pode se candidatar a uma vaga para gerente de farmácia que oferece salário de R$ 4.273,83, o maior encontrado na pesquisa da reportagem. É preciso ainda ter seis meses de experiência no ramo.

Na região metropolitana de Belo Horizonte, o Sine registrou 4.091 ofertas de vagas nos oito primeiros meses do ano, média de 500 por mês – em 2013, época de crescimento econômico, a média mensal era de quase 1.800.

Salário menor. Enquanto as exigências aumentam, o salário diminui. Para cargos de liderança, a redução no último ano foi de cerca de 5%, segundo profissionais de recrutametno e seleção. Já para vagas operacionais, como linha de produção de fábrica, a queda chega a 8%. “Os salários oferecidos têm sido o piso de cada categoria”, diz Márcio Luiz Guglielmoni, do Sine.

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