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Mortes por leishmaniose chegam a 11 em Minas neste ano; veja como se proteger

Minas já registrou 11 mortes e mais de mil casos de leishmaniose até julho deste ano. A maioria dos óbitos (10) ocorreu após complicações causadas pela forma mais grave da doença, a visceral (LV), que ataca os órgãos internos, principalmente o baço e o fígado.

A importância da prevenção e do tratamento da doença ganha força nos próximos dias, com a realização da “Semana Nacional de Controle e Combate à leishmaniose”, que segue até 17 de agosto.

Além da leishmaniose visceral (LV), existe também a tegumentar americana (LTA), que ataca a pele e as mucosas. Ambas são causadas pelo parasita do gênero Leishmania e transmitidas pela picada da fêmea do flebótomo, que em algumas regiões é conhecido como mosquito-palha.

Até julho foram 80 casos de leishmaniose visceral, com dez óbitos, e 950 da leishmaniose tegumentar americana, com uma morte.  

“O cão doméstico é considerado o principal reservatório da LV. Mas, é importante frisar que ela não é transmitida do cão para o homem, e sim por meio da picada do mosquito”, explica a coordenadora de Zoonoses e Vigilância de Fatores de Risco Biológicos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Mariana Gontijo.

Sintomas

Os principais sintomas da LV são febre irregular de longa duração, por mais de sete dias; falta de apetite, emagrecimento, fraqueza, aumento do abdômen, anemia e sangramentos na fase mais avançada da doença. Já a LTA acomete a pele e mucosas e pode apresentar diferentes manifestações clínicas. 

O diagnóstico e tratamento da leishmaniose estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). “Temos no Estado uma rede de atendimento assistencial, tanto para a LV quanto para a LTA. Para isso, é essencial que o cidadão procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) assim que surgirem os sintomas”, ressalta a coordenadora da SES.

No caso dos cães, Mariana alerta que, caso o animal apresente sintomas de leishmaniose visceral, o tutor deve procurar imediatamente o serviço de Zoonoses ou a Secretaria Municipal de Saúde e solicitar a realização de exame para diagnóstico da doença.

Prevenção

As medidas de prevenção estão relacionadas ao combate ao mosquito-palha, aos cuidados individuais e também com os cães para evitar que se contaminem. Veja as principais:

  • Use repelentes e evite exposição nos horários de atividades do vetor (ao amanhecer, ao entardecer e à noite) em ambientes onde possa ser encontrado;
  • Mantenha seu quintal limpo recolhendo folhas, fezes de animais e restos de alimento;
  • Embale o lixo corretamente e dê destinação certa a ele;
  • Faça a poda periódica de árvores e arbustos;
  • Vede bem as composteiras;
  • Utilize tela de malha fina nas portas e janelas;
  • Cuide corretamente do seu cão, impedindo que ele fique solto nas ruas;
  • Utilize coleiras impregnadas com inseticidas para repelir o mosquito-palha;
  • Tele o canil utilizando telas de malha fina;
  • Evite passear com seu cão nos momentos de maior atividade do mosquito (pela manhã e ao entardecer);
  • Leve seu cão regularmente ao médico veterinário.

Fonte: Hoje em Dia

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