GERALITABIRA E REGIÃOPOLÍCIA

Mulher presa acusada de aplicar golpes em Ferros

A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, por meio da Delegacia de Polícia Civil da Comarca de Ferros (Delegacia Regional de Itabira), cumpriu mandado de prisão preventiva contra uma mulher que estaria a aplicar golpes na cidade, induzindo pessoas a erro com o escopo de obter vantagem patrimonial indevida. Segundo consta dos autos, a investigada, aproveitando-se da boa-fé e humildade das vítimas, valeu-se de meios ardilosos com o intuito de induzir as vítimas a celebrar empréstimos bancários e a entregar-lhe documentos, usados para abrir contas e realizar movimentações financeiras, causando consideráveis prejuízos patrimoniais. Tudo isso porque a investigada disse que receberia uma grande quantia em dinheiro referente a uma herança, e que de tal valor repassaria parte para as vítimas.

Restou apurado nos autos que a investigada utilizou-se de contas falsas criadas no aplicativo WhatsApp passando-se por Juízes de Direito; gerentes de banco e advogados, usando fotos buscadas na internet; além de falsificar um documento como se fosse emitido pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, com o escopo de fazer as vítimas acreditarem que seria necessário o repasse dos valores para a investigada.

O Delegado de Polícia responsável pela investigação, Diogo Luna Moureira, asseverou que “o grau de crueldade e perversidade da investigada é de tal monta que ela chegou a entregar às vítimas uma maleta de notebook, trancada com um cadeado, com as inscrições BB 14-08 e 13-08 dizendo que nesse malote havia R$100.000,00 (cem mil reais), mas que não poderiam abri-la.” A mala só poderia ser aberta quando as vítimas recebessem uma autorização que seria dada pelas contas falsas dos “Juízes de Direito”.

As vítimas levaram a maleta na Delegacia de Polícia, ali chegando com a mesma dentro de uma fronha de travesseiro, envolvida por um saco de estopa. Pelo Delegado de Polícia e na presença da Advogada das vítimas, a mala foi aberta, e em seu interior foram encontrados cinco livros.

As vítimas idosas estão sem receber os seus rendimentos desde o meio do ano, pois todo o valor é sacado pela investigada. As vítimas idosas alegaram que estão passando necessidades, e uma delas confirmou ao Delegado de Polícia que até o benefício do mês de dezembro já foi sacado

O Poder Judiciário Mineiro acolheu a representação formulada pela Polícia Civil de modo que a prisão preventiva da investigada foi decretada e cumprida. Em interrogatório, a investigada exerceu o seu direito constitucional ao silêncio.

O prejuízo apurado soma, aproximadamente, R$60.000,00.

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