Onda Roxa, com toque de recolher, é mantida em 13 das 14 macrorregiões de Minas inclusive em Itabira
Treze das 14 macrorregiões de Saúde de Minas Gerais continuarão na Onda Roxa do programa de flexibilização da atividade econômica, Minas Consciente. Apenas a região Triângulo do Norte, primeira a ser inserida nessa fase mais restritiva, apresentou melhora em todos os indicadores da Covid-19 e, por isso, avançará para a Onda Vermelha. A microrregião de Saúde de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, também seguirá para o nível vermelho.
No nível vermelho, todas as atividades podem funcionar, desde que cumpram algumas regras, como distanciamento e limitação máxima de pessoas. Já na fase roxa, apenas serviços essenciais podem funcionar e há limitação da circulação popular entre 20h e 5h (toque de recolher).
A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta quarta-feira (31). De acordo com o governo, a decisão foi tomada pelo Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar a evolução da pandemia em Minas.
O avanço da região Triângulo Norte, primeira a entrar na Onda Roxa, para a Onda Vermelha ocorrerá na próxima segunda-feira (5). A evolução foi possível após a SES-MG ter identificado uma queda de 18% na taxa de incidência nos últimos 14 dias na macrorregião. Já na última semana, essa queda foi de 3%, o que demonstrou, segundo o Estado, uma melhora nos indicadores da região após a adesão da população à Onda Roxa, desde 3 de março.
Com relação à variação no número de internações na macrorregião Triângulo do Norte, os índices caíram de 14,04% para 6,42% nas últimas três semanas, registrando o menor indicador entre as regiões mineiras, segundo a SES-MG.
Outras localidades
“As outras localidades ainda não apresentaram uma queda sustentada na taxa de óbitos e de ocupação em leitos de UTI. Por isso, deverão seguir as medidas mais restritivas pelo menos até 11 de abril. As medidas são reavaliadas a cada sete dias pelo Comitê”, informou o Estado, em nota.
Presente na reunião, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), destacou que o momento ainda é difícil e pede cautela para preservar vidas. Segundo ele, a última semana foi de recorde tanto no Estado quanto no Brasil, com subida no número de óbitos e na taxa de ocupação de leitos na maior parte das regiões de Minas.
“Seguimos com os esforços para ampliar leitos, apesar da falta de recursos, principalmente humanos, e, mais recentemente, de insumos. Contamos com o apoio da população para superarmos essa fase o quanto antes”, afirmou.
Microrregião de Patos de Minas
Ainda por deliberação do Comitê Extraordinário Covid-19, a microrregião de Patos de Minas, que pertence à macrorregião Noroeste, uma das primeiras a ser incluída na Onda Roxa, também respondeu positivamente, e poderá evoluir para a Onda Vermelha.
De acordo com o Estado, houve queda de 35% na taxa de incidência e a taxa de ocupação da UTI adulto exclusivo para paciente Covid está em 87%. A macrorregião Noroeste, no entanto, não obteve o mesmo êxito e se mantém na Onda Roxa, fase mais restritiva do plano Minas Consciente.
Doença em Minas
Na última semana, Minas Gerais apresentou aumento de 6,9% no número de casos e de 8,1% nos óbitos. A incidência da doença cresceu 20% nos últimos 7 dias e 41% em 14 dias. A positividade da enfermidade na atualidade é de 43%, percentual de resultados positivos para Covid-19 entre pacientes com sintomas gripais.
A incidência da doença também vem aumentando em cidades com menos de 30 mil habitantes.
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