Operação BitTrack: PCMG e PCSC combatem fraudes bancárias
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em colaboração com a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), deflagrou na manhã desta quinta-feira (10/10) a operação BitTrack, visando desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes em gerenciadores financeiros. A ação abrange 13 estados do Brasil e um dos mandados de busca foi cumprido em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
As investigações revelaram que os valores subtraídos tinham origem em uma prefeitura de Santa Catarina e foram transferidos para criminosos atuando em outros estados, com o objetivo de financiar atividades ilícitas. Durante a operação, foram cumpridos 64 mandados de busca e apreensão em diversos estados, resultando na apreensão de hardware wallets e “seed frase” (frase semente), que possibilitaram a recuperação de carteiras criptográficas. Utilizando ferramentas cibernéticas especializadas, a polícia conseguiu acessar e transferir criptomoedas no valor de aproximadamente 2 mil dólares.
Além disso, foram apreendidos R$ 310 mil em espécie, levando à prisão em flagrante de dois investigados pelo crime de ocultação de valores nos estados do Mato Grosso e Paraná. A organização criminosa utilizava contas de laranjas para converter os valores subtraídos em Bitcoins, transferindo esses ativos digitais para carteiras privadas na blockchain, dificultando o rastreamento e ocultando a origem ilícita dos recursos. Contudo, graças ao uso de ferramentas de rastreamento e inteligência, policiais civis de Santa Catariana conseguiram rastrear os Bitcoins até os endereços das carteiras pertencentes à cúpula da organização.
As medidas judiciais adotadas na operação incluíram a indisponibilidade de veículos, bloqueios de contas bancárias, bloqueio de criptoativos, sequestro de bens e valores, além da apreensão de dispositivos informáticos, que serão submetidos à perícia para aprofundar as investigações. A cúpula da organização criminosa é composta por indivíduos já condenados por crimes semelhantes, como invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude, lavagem de capitais e organização criminosa.