População sabe como barrar a dengue, mas não adota medidas preventivas mesmo após contágio
Pesquisa aponta que 30% das pessoas que tiveram dengue não adotaram medidas preventivas para barrar novos focos do mosquito mesmo após o contágio. O relatório reforça a urgência de mais campanhas de conscientização por parte dos governos junto à população.
O estudo foi feito pelo instituto IPSOS, sob encomenda da farmacêutica japonesa Takeda, desenvolvedora da vacina contra a dengue. Duas mil pessoas foram entrevistadas. “É importante fortalecer ainda mais a comunicação entre os órgãos públicos e a população”, resume a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emílio Ribas.
O alerta vem em meio ao aumento de casos da doença no país. Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de doentes em 2023 já supera o total de 2022. São mais de 1,6 milhão de confirmações da dengue, sendo 23,4 mil da forma mais grave.
A pesquisa também mostrou que aumentou a consciência do brasileiro de que a dengue pode matar. Conforme o relatório, 93% sabem da gravidade da enfermidade transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. No entanto, alguns mitos ainda persistem. Veja números do relatório:
- 43% acreditam que a dengue ocorre exclusivamente no verão
- 25% pensam que a doença só atinge pessoas das classes sociais mais baixas
- 25% que só ocorre em regiões endêmicas
- 21% pensam que a dengue não está presente onde moram
- 21% que não acontece nas cidades grandes
Fonte: Hoje em Dia