Repelente protege contra o mosquito da dengue? Saiba quando e como usar
A disparada dos casos de dengue em Minas reforça a urgência das medidas de prevenção para barrar a doença. Além da eliminação dos focos de água parada nas casas, o repelente é um importante aliado das pessoas. No entanto, o uso deve ser feito com cuidado, destaca o epidemiologista José Geraldo Leite Ribeiro.
Como aplicar o repelente?
De acordo com o médico José Geraldo Leite, a eficácia do repelente pode ficar comprometida se a aplicação não for feita da maneira correta. A primeira dica é ler com atenção o rótulo, seguindo à risca as orientações do fabricante. Mas a maioria das recomendações é comum a todos os produtos. Veja as principais:
- Sempre ler o rótulo do produto;
- Não aplicar o repelente mais de três vezes ao dia;
- Usar só o suficiente para cobrir levemente a pele;
- Aplicar somente na pele exposta, mas pode ser borrifado nas roupas;
- Não usar o repelente por baixo da roupa (risco de ficar abafado e causar intoxicação).
“Existem repelentes que precisam ser reaplicados de quatro em quatro horas, outros de 10 em 10”, lembra José Geraldo.
Quando usar o repelente?
Apesar de ajudar na prevenção, o repelente não deve ser usado de forma indiscriminada. O especialista alerta que produto foi criado para as pessoas se protegerem em situações de risco, como durante a visita a um local com alto índice de infestação de mosquitos.
“Não é factível fazer o uso de repelente todos os dias e com reaplicação. Ele é importante quando uma pessoa viaja para passar férias em um local epidêmico, por exemplo. O certo é combater o foco”, ressalta.
Para moradores de áreas epidêmicas, o médico alerta que o uso deve ser feito em locais onde a população não tenha controle sobre ações de combate ao Aedes, como no trabalho e na escola. Em casa, reforça, as pessoas devem eliminar os criadouros.
“A gente tem que cuidar da casa da gente. A fêmea do Aedes aegypti pica no máximo a cerca de 200 metros de onde nasceu, então o problema pode estar perto da nossa casa”, afirma o médico, que também cita outras barreiras de proteção, como telas nas portas e nas janelas.
Crianças e grávidas
O epidemiologista ressalta que crianças e grávidas devem estar atentas às contraindicações, especificadas nos rótulos. Em caso de dúvida, o recomendável é consultar o pediatra ou obstetra. Veja mais dicas:
- Em crianças, a aplicação deve ser feita por um adulto
- Evite passar nas mãos das crianças (risco de que levem à boca ou esfreguem os olhos)
- Bebês com menos de 6 meses não podem usar o produto.
Sobre marcas ou fórmulas específicas, o médico recomenda observar se produto tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Fonte: Hoje em Dia