Último eclipse total da lua em 2022 ocorrerá na próxima terça; saiba onde será visível
Para quem curte astronomia, o segundo eclipse lunar total de 2022 deixará a lua com um tom cobre avermelhado por 85 minutos na próxima terça-feira (8), embora a possibilidade de ver a olho nu o fenômeno astronômico dependerá de sua localização no planeta.
Popularmente chamado de “Lua de Sangue”, o eclipse lunar total acontece quando a lua cheia (neste caso, a “Lua Cheia do Castor” de novembro) se move e entra na sombra profunda (umbral) formada pela Terra. De acordo com o site americano Space, o evento será visível da América do Norte a partes da América do Sul, Ásia, Austrália e Nova Zelândia.
Um eclipse lunar parcial será visível na Islândia, partes da América do Sul, sul e centro da Ásia e Rússia. Para os brasileiros, o eclipse será penumbral, quando a lua está na sombra mais clara formada por nosso planeta – será visível do leste do Brasil e da Argentina, norte da Escandinávia e Oriente Médio.
De acordo com a Nasa, o eclipse lunar parcial deve começar às 5h44 da manhã de segunda (8). Ele se tornará total – “Lua de Sangue” – às 6h17, terminando às 7h42. Em seguida, teremos outro eclipse parcial, que será visível até as 11h05. A fase intermediária, ou penumbral, começará cerca de uma hora antes do primeiro eclipse parcial e terminará cerca de uma hora após o segundo eclipse parcial, diz a agência espacial americana.
Outro ponto alto do fenômeno será a possibilidade de se ver o planeta Urano próximo à lua eclipsada – menos em algumas regiões da Ásia.
Esse é o segundo (o primeiro foi em 16 de maio) e último eclipse lunar de 2022. Para alegria dos entusiastas da astronomia, haverá dois desses fenômenos astronômicos em 2023, embora não devam ser tão impressionantes. O primeiro, entre 5 e 6 de maio, será do tipo penumbral visível do sul e leste da Europa, Antártica, maior parte da Ásia, Austrália, África, bem como dos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico.
O segundo será um pequeno eclipse lunar parcial entre 28 e 29 de outubro de 2023, visível pelo menos parcialmente na Europa, Ásia, Austrália, África, América do Norte, norte e leste da América do Sul, Ártico, Antártica e oceanos Pacífico, Atlântico e Índico.
Sobre a “Lua de Sangue”
Como informa o site Space, apesar do apelido, durante o eclipse total, a lua adquire uma aparência avermelhada, mas tendendo ao laranja, e não ao tom de sangue.
Durante o fenômeno, a lua cheia passa primeiro na penumbra ou sombra intermediária da Terra e, em seguida, entra na umbra da Terra ou sombra central profunda. A única luz solar que atinge a lua passa pela atmosfera terrestre, deixando a superfície lunar vermelha por causa do fenômeno físico chamado dispersão de Rayleigh – o mesmo que deixa o céu alaranjado no fim da tarde.
A luz vermelha, laranja e amarela têm os comprimentos de onda mais longos, então essas ondas atingem poucas partículas em suspensão enquanto viajam pela atmosfera da Terra, em comparação com a luz azul, que tem comprimentos de onda mais curtos. Quanto mais poeira ou nuvens na atmosfera terrestre durante o eclipse, mais vermelha a Lua aparecerá, segundo a Nasa.
É como se “milhares de pores-do-sol” e “amanheceres” fossem refletidos pela lua.
Já os eclipses penumbrais são mais sutis. Eles ocorrem quando uma lua cheia passa apenas pela sombra da penumbra, que é mais fraca. O escurecimento do satélite natural continua perceptível em comparação ao brilho da lua cheia, mas não é uma mudança tão dramática quanto a do fenômeno total. Além disso, ela não fica vermelha.
Fonte: Hoje em Dia