Vale mantém 13ª parcela do cartão alimentação mas continua forçando cortes de direitos
Durante a quarta rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2017/18) realizado nesta terça e quarta-feira (7 e 8) em Belo Horizonte a Vale continuou apresentando uma proposta que desagradou o Sindicato Metabase e a Unidade Sindical. Sem consenso, os sindicalistas voltaram a criticar a postura da mineradora e afirmaram que a “proposta é ridícula”.
Após dois dias de negociações, a direção da empresa apresentou como novidade apenas a manutenção da décima terceira parcela no cartão alimentação, o que até o momento também seria cortado. Este benefício, deverá ser pago em até 10 dias após a assinatura do acordo. Mantendo todas as propostas da última rodada, a empresa voltou a negar o ganho real de 5% cobrado pela categoria e continuou oferecendo apenas o acumulado da inflação, calculada com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 1º de novembro de 2016 à 31 de outubro de 2017, que não deve atingir 2% este ano. O mesmo índice foi oferecido para a 13ª parcela do cartão alimentação, que hoje é R$ 700,00.
O corte nos procedimentos de ortodontia e implantodontia da Assistência Médica Supletiva (AMS), segundo a direção da empresa, será a partir do dia 1º de dezembro. Outro posicionamento que gerou a revolta dos sindicalistas é a pressão feita para que o acordo seja fechado até o dia 30 de novembro. Segundo o presidente do Sindicato Metabsase, Paulo Soares de Souza “é um absurdo o que a empresa está fazendo com os trabalhadores”.
Subindo o tom de seu discurso, ainda na mesa de negociação, o presidente do Metabase foi categórico. De acordo com ele, a proposta da empresa é uma ameaça de direitos.
“Depois de dois dias de discussões fortes a empresa apresentou apenas esta proposta ridícula, a empresa ainda persiste em cortar os benefícios dentários e a hora in itinere. De imediato rejeitamos a proposta na mesa, porque não tem como levar esta proposta para categoria, a Vale está abusando do momento e a nossa posição é forte, não vamos ceder à empresa”, garantiu o presidente do Metabase.