POLÍCIA

Quinteto suspeito de assassinar mãe e filha em Vespasiano é apresentado pela Polícia Civil

Ana Cecília Carneiro/Itatiaia

Cinco homens foram apresentados na tarde desta terça-feira pela Polícia Civil suspeitos de participação no assassinato de mãe e filha em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O crime foi cometido em janeiro deste ano, no Bairro Novo Horizonte, e a motivação seria a saída do tráfico de drogas do filho de uma das vítimas.

Durante as investigações Anderson Pereira de Souza, o Pingo, de 23 anos, Jonathan Sávio Freitas Oliveira, de 21, Clênio Gustavo de Almeida, o Buda, de 18, e Brax Max Ribeiro Neves Júnior de 24. Alexandre Vieira, de 28 anos, que seria o mandante do crime, já estava preso. Quatro adolescentes também teriam envolvimento no duplo homicídio.

O grupo é apontado como responsável pelas mortes de Lúcia Gomes de Araújo, de 53 anos, e da filha dela, Franciane de Araújo Rodrigues, de 25, executadas de joelhos, implorando pela vida.

A delegada Alice Batelo, da Delegacia de Homicídios Leste, conta o filho de Lúcia tinha envolvimento com o tráfico, mas decidiu sair da criminalidade após ser pai. A quadrilha, porém, expulsou ele e a família do bairro. “Para driblar a situação, o rapaz disse que voltaria para o tráfico, pegou uma quantidade de droga para vender e sumiu. A família não arredou o pé porque eram pessoas de bem”, diz.

A gangue, então, decidiu tomar a casa da família como pagamento da dívida deixada pelo rapaz. “Até que eles [os criminosos], encapuzados, invadiram a casa uma semana antes da morte, para expulsá-las, mas elas não saíram. Eles voltaram uma semana depois para ceifar a vida delas. Depois disso, ainda subtraíram bens que tinham na casa”, completa a delegada.

Os suspeitos negam envolvimento com o crime. Alexandre, apontado como chefe do bando, argumenta que estava preso, e não teria como ser o mandante do crime. “Eu estava era de castigo na cadeia. Como é que eu mandei? Cadê a escuta telefônica, algum bilhete, algum recado? Sem visita? Eles me envolveram porque não acharam quem fez, e querem jogar eu no negócio.” A mesma linha segue Jhonatan, que diz que a polícia tem forjado sua participação. “Eu sou inocente. Eu estava trabalhando no dia”, relata.

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