POLÍCIA

Adolescente é morto dentro cela de unidade socioeducativa em BH

A Polícia Civil vai investigar o que teria motivado a morte de um adolescente dentro do Centro Socioeducativo Dom Bosco, no bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte. O crime foi na madrugada desta segunda-feira (27). A vítima, de 17 anos, foi encontrada com o pescoço enrolado em uma corda improvisada com lençóis.

Segundo a Polícia Militar, o assassinato foi descoberto pelos agentes socioeducativos, que perceberam um tumulto dentro da cela 37 do núcleo 3 do centro socioeducativo. Quando os agentes chegaram no local encontraram quatro menores, sendo três de 16 anos e um de 17 anos, imobilizando e asfixiando a vítima.

De acordo com a PM, os agentes entraram na cela e retiraram os agressores do local. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas a vítima já estava morta.

O corpo do adolescente foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) do bairro Gameleira, região Oeste da capital. A perícia também esteve no local do crime e os adolescentes envolvidos foram transferidos para o Centro de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH).

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou que o adolescente morto cumpria medida socioeducativa no Centro de Internação Provisória Dom Bosco.

A pasta disse ainda que a direção-geral da unidade verificou que “alguns adolescentes deram início a um tumulto no centro por volta das 23h, por divergências de opiniões religiosas. O quadro evoluiu quando alguns jovens atearam fogo em colchões em um dos alojamentos. Os agentes passaram o início da madrugada tentando conter a confusão.

Por volta das 02h40, agentes socioeducativos perceberam um novo tumulto em outro núcleo da unidade. Ao chegarem ao local, constataram que quatro internos haviam enforcado um quinto adolescente que ocupava o mesmo alojamento. A Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo (Suase), da Secretaria de Estado de Segurança Pública, está apurando o ocorrido”.

A Sesp informou que “todos os trâmites jurídicos sobre o caso estão sendo realizados. Um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias do fato”.

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